domingo, novembro 18

PORQUE A PRESIDÊNCIA DA CÂMARA SEMPRE FOI ALVO DE COBIÇA DO GOVERNO E DA OPOSIÇÃO!

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Uma coisa precisa ser bastante justificável perante a opinião pública. A cada período de composição da mesa diretora do Legislativo trava-se uma guerra descomunal entre quem governa e quem está fora do poder. 
O acirramento dos ânimos eleva-se a temperatura altíssima, provocando uma cobiça desenfreada pelo principal posto da casa legislativa. 
Desde a 1ª câmara constituída que um processo de negociações sigilosas com barganhas oferecidas clandestinamente e outras vantagens embutidas na folha de despesa mensal do município, sempre ocorreram para a conquista desta hegemonia. 
Vou refrescar aqui a memória de episódios dantescos que fizeram, alguns vereadores presidentes e outros deixando de ser. 
Como vivi todos os processos de escolhas, morando em Carnaubais, vendo o cenário das disputas acontecendo, tenho cátedra suficiente para comentar as beligerantes brigas pelo topo deste poder. 
Começo a lembrar um e episódio acontecido quando da minha legislatura de 1983 à 1989. Nesta época o bloco governista contava com o respaldo do meu nome que fora o mais votado pelo MDB que tinha 4 representantes: Dequinha, Toinha Carneiro e Diassis de Valdemar. 
Como a câmara era composta por 7 vereadores, lógico que minha indicação com o apoio do prefeito Giovanny seria a vitoriosa.
 Nesta época o registro de chapa acontecia na hora da votação. 
Eis que Esaú Martins que tinha grande influência com o prefeito, conspirou contra minha indicação.  Como Diassis de Valdemar pertencia a sublegenda do MDB, eleito no bloco perdedor com seu pai Valdemar Campielo, tendo apoiado Berg Barreto ficou fácil de mudar o voto do outro membro do partido para ala perdedora, vindo beneficiar o joguete feito contra minha indicação.
Quem foi eleito presidente foi o adversário do prefeito eleito Dioclécio Soares que havia votado em Zé Domingos com o apoio do gestor da época Valdeci Medeiros.
Antes desta eleição, quem fez negociação para beneficiar Chico de Neco foi o vereador Zé de Pedro que negociou sua retirada de candidatura numa conversa que acompanhei todos os lances entre o prefeito Valdeci de quem fui secretário e o deputado Olavo Lacerda Montenegro, autor das propostas de vantagens para Zé de Pedo desistir de concorrer.
Por falar em Zé de Pedro mais adiante este recebeu um presente de Nelson Gregório, que comprou com uma ajuda mensal de 500 reais e acima do subsidio parlamentar e outros benefícios da estrutura do poder o voto do vereador Marcos Cavalcante - seu principal adversário e assim somar votos para a maioria da candidatura que desejava.
Porém a jogada mais ousada foi  feita por Luizinho Cavalcante quando perdeu a prefeitura  no primeiro mandato, para Dr. Zenildo. 
Tendo o médico ganho a eleição, achou que faria fácil a presidência com sua candidata Marinez Laurentino.  
Sua única esperança era o voto de Batista de Dioclécio do grupo adversário para sua indicação, abrindo uma negociação exclusiva com o vereador devido a grande intimidade pessoal e familiar.
Depois de várias conversas com o vereador Batista, sem este lhe abrir espaço, foi marcado um almoço na casa de seu João Pelonha, avô de Batista lá na bela vista: onde Dioclécio reuniu seus familiares para dá uma chave de roda em seu filho que aconteceu sem obter sucesso. 
Foi ai que Zenildo abriu o olho mandando que se abrisse uma negociação com Toinho Cobra e a vereadora Norma. 
Tudo feito em cima da hora pra conversar com Toinho Cobra que ficou responsável pela articulação foi este humilde escrevinhador. 
Pra negociar com Norma foi delegado poderes ao saudoso Didi de Elias, amigo do seu grupo politico residente em Pendências e que tinha livre trânsito como os demais vereadores.
Aí aconteceu a manobra mas ardilosa da história das câmaras municipais: Luizinho em seus últimos momentos de prefeito fez valer o poder da máquina, sabendo que a eleição aconteceria 48 horas depois na  segunda feira seguinte, em pleno sábado sequestrou o 5 vereadores do seu contato e fez um confinamento numa casa de praia do Cristóvão, municipio de Areia Branca.  
Chegamos atrasados no endereço dos destinatários.
O sequestrador só retornou no dia e hora marcado para o vereadoeres selarem o compromisso assumido com Toinho Cobra. 
Sessenta dias depois conversando com amigo comerciante eleito presidente, revelei qual seria a proposta que estava autorizado fazer: Toinho Cobra botou a mão na cabeça e disse meu amigo fiquei no prejuízo por ter sido o presidente sem o respaldo do executivo.
Tudo se consolida e os interesses grupais permanecem indefinidos, as conversas de barganha, ofertas e contra propostas ainda não adormecera. Moral da história:todos fazem uma só liturgia do toma lá da cá ou  seguindo a parábola de Matheus: Primeiro os meus - os bens do povo ficam sempre para depois!
Antes a câmara municipal tinha mais poderes de dominação de serviço prestado aos executivos, com o advento do "Portal da Transparência" sua efetividade é apenas reguladora.

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