Henrique Alves e Sandra Rosado pedem ao Inmetro tratamento diferenciado para o sal potiguar
O presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves, e a deputada Sandra Rosado se reuniram nesta terça-feira(1) em Brasília com o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Mauro Borges. Eles discutiram possíveis alterações no controle do peso do sal pelo Inmetro. Uma tolerância para mais ou para menos no peso do sal, com base em critérios técnicos, seria a alternativa para evitar penalidades aplicadas aos salineiros em função da quebra no peso do produto. A quebra de peso teria como causa principal a desidratação do sal transportado e armazenado em condições climáticas adversas às do processo de industrialização na região salineira.
O ex-deputado Laíre Rosado, que também participou da reunião, reforçou o pleito, lembrando que as máquinas que empacotam o sal estão calibradas para a pesagem exata do produto. O excesso de peso para cobrir possíveis quebras também resultaria em penalidades, já que a pesagem das carretas transportadoras de sal não pode exceder a capacidade das rodovias. Por causa da composição química do produto, além de transportado em grandes quantidades, o sal é isolado de outros produtos. O mesmo ocorre nas áreas de armazenagem.
Henrique Alves ressaltou que toda medida de proteção à indústria salineira brasileira, concentrada no Rio Grande do Norte, é bem aceita pelo setor, que enfrenta a concorrência do sal chileno. O produto do Chile tem incentivo para exportação e chega às indústrias e ao comércio brasileiro em condições mais favoráveis que o sal potiguar. A indústria química e a pecuária brasileira são os maiores consumidores de sal.
O ministro Mauro Borges reafirmou o papel do Inmetro no controle de pesos e medidas; na proteção da qualidade industrial e na defesa do consumidor. Ele acredita que o órgão vinculado ao ministério irá analisar a proposta de tolerância para a variação do peso do sal, observando as especificidades do produto em condições climáticas diferentes da origem. O ministro vai recomendar um estudo que possa embasar uma possível alteração no controle e fiscalização do peso produto.
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