Existe uma cultura no universo político que é preciso acabar urgentemente. Temos que mudar esta filosofia da barganha e da agiotagem de determinados políticos que para cumprirem ser dever e obrigação do exercício parlamentar, ficam colocando dificuldades nos executivos, criando falsas expectativas em nome do povo para negociarem seus interesses.
Lembro que Lula cunhou uma frase que no parlamento nacional tinha mais de 300 picaretas. Quando chegou ao topo do poder, foi aliciar os picaretas vendilhões da pátria a seu favor para governar junto com eles e criando o famigerado mensalão.
Nas assembleias este uso da boca torta é regra geral de aprovação de projetos dos governos estaduais.
Nas câmaras municipais esse modus operandi é uma constante: vereadores tem na eleição da mesa diretora uma oportunidade ímpar de valorizar seu mandato. Neste periodo enxergam o momento como uma safra - cada um querendo colher o produto do seu voto.
O danado é que tem gente nesta atividade partidária, com o dedo sujo, querendo se passar por paladino da decência e da honestidade, querendo dá uma de fiscalizador, quando na verdade a negociata sempre impera ou de um lado ou de outro.
Esta história que vai defender o o povo é balela. Cada qual segura seu quinhão: melhoria de subsídios para quem assume o topo, o comando do poder, cargos empregatícios para seus familiares ou pessoas de sua confiança, aluguéis de carros e outras coisitas mais que a estrutura pública tem a oferecer.
Aqui é comum este procedimento, quando o representante popular, não se negocia com o executivo, alia-se ao grupo opositor para fazer uma câmara contrária.
O resultado é ficarem fazendo chantagens proselitistas, denúncias vazias, oposição sistemática, até que algo se modifique a seu favor.