domingo, junho 8

Governo Lula teria que investir R$ 61,3 bilhões a mais para garantir padrão mínimo nas escolas, diz estudo


Foto: Avener Prado/Folhapress

Para que todas as escolas públicas do país tivessem condições mínimas de ofertar um ensino de qualidade, o governo Lula (PT) precisaria destinar R$ 61,3 bilhões a mais para a educação básica em 2025.

Em vez de aumentar os recursos para as redes de ensino, a gestão do petista, no entanto, estuda travar e não ampliar o percentual de complementação da União ao Fundeb, o principal mecanismo de financiamento da educação básica.

Neste ano, o governo federal repassou 21% do que arrecada de complemento ao fundo. Pela emenda constitucional, aprovada em 2020, essa fatia deveria aumentar progressivamente, chegando a 23% no ano que vem. É essa ampliação que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, estuda travar.

Caso aprovada, a medida deixaria as escolas ainda mais longe de ter os recursos financeiros mínimos para seu funcionamento.

Procurados, os ministérios da Fazenda e da Educação não comentaram sobre os recursos insuficientes. Também não responderam sobre o estudo para travar o aumento de repasses para a educação básica.

O complemento necessário de R$ 61,3 bilhões foi calculado por um indicador, chamado CAQi (Custo Aluno Qualidade Inicial). Ele busca traduzir, em valores por aluno, o investimento necessário para o mínimo de qualidade a partir da realidade de cada escola.

O cálculo foi feito pela Fineduca (Associação Nacional de Pesquisa em Financiamento da Educação) e Campanha Nacional pelo Direito à Educação. Parte da pesquisa é financiada pelo próprio MEC (Ministério da Educação).

Caso fosse disponibilizado, o complemento representaria um aumento de 13,9% do que os estados e municípios brasileiros devem ter disponível para investir neste ano, cerca de R$ 441,8 bilhões.

O CAQi é um mecanismo que calcula quanto cada unidade precisa de recursos para garantir, por exemplo, que os alunos tenham todas as aulas previstas, que os professores recebam salários adequados e que as turmas não fiquem lotadas. Ou ainda o quanto seria necessário para que todo estudante esteja matriculado em uma escola com biblioteca, laboratório, quadra e até mesmo energia e água potável.

Por esse cálculo, o indicador aponta qual deve ser a ampliação da União no financiamento da educação pública brasileira. Ou seja, o governo federal seria responsável por complementar o valor por aluno em cidades ou estados que não conseguissem atingir o mínimo de recursos.

Dos 5.570 municípios brasileiros, 4.794 (86% do total) não têm neste ano recursos mínimos suficientes para garantir as condições da oferta de educação, atendendo a esses padrões. Quatro redes estaduais de ensino também não têm —Amazonas, Ceará, Maranhão e Piauí.

O cálculo considera, por exemplo, que para ofertar uma educação com padrões mínimos de qualidade na creche seria preciso investir R$ 1.158 ao mês para cada criança matriculada em uma unidade de tempo parcial e em área urbana.

Esse valor asseguraria, por exemplo, que as turmas tivessem no máximo 10 alunos por professor. Também garantiria que todos os docentes contratados tivessem formação em ensino superior e ganhassem, no mínimo, o piso salarial nacional.

Segundo o estudo, a complementação de R$ 61,3 bilhões da União representa cerca de 0,52% do PIB (Produto Interno Bruto) do país. “Não estamos falando de um montante astronômico de recursos, é uma parcela pequena do que o país produz e poderia ser usado para garantir uma educação de qualidade”, diz Pellanda.

Os dados também mostram que, se implementado, o CAQi iria beneficiar sobretudo as escolas em regiões mais pobres. Dos R$ 61,3 bilhões de complemento, 55,7% seriam destinados para redes de ensino do Nordeste e 14,3% para as do Norte.

Pela lei do PNE (Plano Nacional de Educação), o Brasil deveria ter definido e iniciado a operacionalização do CAQi para financiar a educação básica até 2015. No entanto, até hoje o mecanismo não foi criado.

A fixação do dispositivo é responsabilidade do MEC. Em nota, a pasta comandada pelo ministro Camilo Santana reconheceu a importância de se instituir o CAQi, mas não informou prazo que isso aconteça.

O ministério disse apenas que acompanha o Projeto de Lei Complementar, que cria o SNE (Sistema Nacional de Educacional) e ao qual está atrelada a criação do mecanismo.

“O texto regulamenta o CAQ, conforme previsto na Constituição Federal. Por determinação constitucional, o CAQ será pactuado em regime de colaboração na forma disposta em lei complementar”, diz a nota.

Folhapress

Indefinição sobre IOF já levou a uma arrecadação de mais de R$ 1,3 bilhão


Foto: Adobe Stock

A indefinição sobre uma alternativa ao decreto que aumentou as alíquotas do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) conta a favor do governo. Desde o início da entrada em vigor do decreto, no dia 23 de maio até sábado, o governo já arrecadou R$ 1,3 bilhão dos R$ 19 bilhões previstos pelo Ministério da Fazenda até o fim do ano com as medidas, segundo cálculos feitos pela coluna de Mariana Barbosa, do UOL.

O IOF é automático e, portanto, difícil de sonegar. No entanto, essa conta pode ser afetada caso o aumento das alíquotas tenha resultado em uma retração da atividade, com empresas evitando tomar empréstimos que ficaram mais caros com o imposto.

O uso do IOF para fins de arrecadação para cumprir as regras do arcabouço fiscal, sem medidas estruturantes que possam limitar a trajetória de aumento do gasto público, provocou uma das maiores reações da classe empresarial e financeira já vista nos últimos tempos.

O Congresso Nacional tomou a frente dessa reação, com o presidente da Câmara, Hugo Motta, ameaçando derrubar o decreto e propondo a discussão de medidas estruturantes para conter o gasto público.

Neste domingo, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, vai se reunir com Motta e com o presidente do Senado, David Alcolumbre, para apresentar alternativas estruturantes. Ontem, ao deixar um evento do Esfera Brasil realizado no Guarujá, Motta declarou esperar que o governo apresente alternativas ao IOF. Alertou, contudo, que, se isso não acontecer, está preparado para pautar um Projeto de Decreto Legislativo para derrubar a medida.

O tema do corte de gastos dominou o evento do Esfera, que contou com a participação de Motta, do ministro Luís Roberto Barroso, presidente do Supremo, ministros de estado, governadores, empresários e banqueiros. O chairman do BTG, André Esteves, comparou o momento atual ao consenso em torno do combate à inflação com o Plano Real há 30 anos. “Estamos ganhando uma consciência que não tínhamos há muito tempo. Não vamos ter a ilusão de que a lista de 26 coisas que precisam ser feitas será aprovada na quarta-feira. Mas o consenso sobre a necessidade de estabilizar a dívida pública chegou”, disse Esteves.

Abusando de figuras de linguagem, Motta reproduziu o coro da plateia e da organização do evento sobre a necessidade de conter o gasto público falando da necessidade do país escolher entre “adiar o inevitável ou enfrentar o inadiável”: “Chegamos a um ponto de inflexão”; “Máquina pública que engorda enquanto o cidadão emagrece”; “Enquanto a população aperta o cinto, o estado não pode crescer a própria barriga”; “Cada crise é um novo remendo e o fio está acabando. Se nada for feito, a costureira morre e leva o país junto.”

A reunião do Ministro Fernando Haddad com os presidentes da Câmara (Hugo Motta) e do Senado (David Alcolumbre) neste domingo, contudo, não deve ser conclusiva — e muitas das propostas colocadas na mesa para compensar o IOF vão depender de grandes negociações com o Congresso. É o caso de um corte linear nas isenções fiscais, que somam mais de R$ 700 bilhões — uma conta que inclui, entre outros, Zona Franca de Manaus, Simples, Cesta Básica, agrotóxicos e deduções no Imposto de Renda para gastos com saúde e educação privados.

Dentre as medidas que podem ter efeito imediato está o repasse de dividendos de BNDES, Banco do Brasil e Petrobras, que acumulam uma reserva de lucro de quase R$ 30 bilhões.

Há um certo consenso sobre o aumento da tributação das apostas esportivas, dado os efeitos deletérios na saúde da população. Hoje a alíquota é de 12% por deliberação do Congresso. O projeto original do governo era de uma alíquota de 18%.

Arrecadação diária

Para chegar nessa conta, a coluna dividiu os R$ 19 bilhões pelos dias corridos da entrada em vigor do decreto e o fim do ano para chegar no valor diário de arrecadação. Como o risco sacado entrou em vigor apenas na segunda semana, foi descontado 15% da arrecadação diária nos primeiros oito dias de arrecadação, uma estimativa considerada conservadora para essa operação. Mantida a atividade econômica projetada pela Fazenda, a cada dia que passa são mais R$ 88,8 milhões em arrecadação.

Coluna de Mariana Barbosa, do UOL

Haddad se reúne com Motta, Alcolumbre e líderes partidários para apresentar alternativas à alta do IOF


Foto: Marina Ramos/Câmara dos Deputados

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, se reuniu neste domingo (8) com os presidentes da Câmara, Hugo Motta, e do Senado, Davi Alcolumbre, além de líderes partidários para apresentar medidas alternativas à alta do Imposto Sobre Operações Financeiras (IOF).

A reunião começou por volta das 18h na Residência Oficial da Câmara, no Lago Sul, em Brasília, e ainda não terminou.

Congresso e Executivo buscam um consenso sobre o assunto. Com a alta do IOF, a equipe econômica previa arrecadar, só neste ano, R$ 20 bilhões.

Reação negativa

O anúncio, feito após um decreto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) há pouco mais de duas semanas, causou forte reação do mercado e do Congresso. Nas duas Casas foram apresentadas mais de 20 propostas para derrubar o decreto.

Esse movimento fez com que o governo recuasse em parte da medida. Horas após o anúncio, o governo revogou o IOF mais alto para sobre aplicações de investimentos de fundos nacionais no exterior, o que deve reduzir o potencial arrecadatório em cerca de R$ 1,4 bilhão.

Em uma tentativa de arrefecer a tensão, Haddad chegou a se reunir uma primeira vez com Motta e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP).

No encontro, realizado em 28 de maio, os presidentes das duas Casas deram um prazo de dez dias para que o Planalto apresentasse alternativas à alta do tributo. Os congressistas ainda cobraram soluções “estruturantes”.

Haddad afirmou ter dito a Motta e Davi Alcolumbre que a manutenção do decreto era necessária para manter o funcionamento da máquina pública.

Neste sábado, o presidente da Câmara, Hugo Motta, afirmou que espera que o veredito seja tomado ainda neste domingo, após uma reunião, contudo não descartou pautar projeto que derruba alta do IOF.

Em pelo menos 25 anos, o Congresso Nacional nunca usou um Projeto de Decreto Legislativo (PDL) para derrubar um decreto presidencial.

g1

STF começa a interrogar Bolsonaro e outros 7 réus nesta segunda (9)


Foto: Brenno Carvalho / Agência O Globo

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros sete réus acusados de integrarem o núcleo crucial da suposta trama golpista serão interrogados no Supremo Tribunal Federal (STF) a partir desta segunda-feira (09/06).

A nova fase do julgamento acontece após terem sido ouvidas testemunhas indicadas pela Procuradoria-Geral da República (PGR) e pelas defesas dos acusados.

Desde março, quando a denúncia foi aceita pela Primeira Turma, eles respondem formalmente pelos crimes de tentativa de golpe, abolição do Estado Democrático, organização criminosa e dano ao patrimônio.

As falas serão transmitidas ao vivo pela TV Justiça e pelo canal do YouTube do Supremo e terão início na segunda-feira (9), a partir das 14h.

Caso os interrogatórios não sejam concluídos no primeiro dia, outras quatro sessões também foram marcadas para acontecerem nas seguintes datas: 10/06 às 9h; 11/06 às 8h; 12/06 às 9h e 13/6 às 9h.

O Globo

O cassado e falastrão e ficha suja vai enganar Thiago Meira de novo!

O ficha suja e falastrão e cassado não toma jeito,agora fica dizendo que é candidato ao Senado federal.

Com isso vai querer que o ex- prefeito Thiago Meira, caia nessa barca furada,pensando em pegar o dinheiro dele de novo, como foi feito na última campanha de prefeito.

Logo o falastrão,que em Carnaubais é o campeão de derrotas, três consecutivas nossa gente já está vacinada para esse tipo de político.

Tenho para mim, com toda certeza vai ter nego que vai ser engano, vamos todos está vivo,para ver quem vai passar a perna um no outro.Aguadem!

PENSAMENTO DA TARDE!

 Tenha muito cuidado com a calmaria , porque por traz desse silêncio,    pode chegar o barulho.

Candidato da oposição deve “preencher os desejos do potiguar”, diz Agripino


FOTO: JOSÉ ALDENIR

O ex-senador José Agripino Maia, líder do União Brasil no Rio Grande do Norte, afirmou que o senador Rogério Marinho (PL) tem um desejo legítimo de disputar o Governo do Estado em 2026, mas defendeu que o candidato do campo da centro-direita precisa ser escolhido com base em critérios que considerem a percepção da população. “É preciso saber quem é que mais preenche os desejos do potiguar para reconstruir um futuro mais promissor”, disse. A fala foi dada em entrevista à rádio CBN Natal, onde Agripino também sugeriu que a escolha deve ser feita por meio de pesquisa qualitativa, conduzida por um instituto de confiança dos pré-candidatos.

Agripino relatou ter participado de uma reunião recente com Rogério Marinho e três nomes do União Brasil: o prefeito de Natal, Paulinho Freire, a primeira-dama de Natal, Nina Souza, e o deputado federal Benes Leocádio. Na ocasião, Rogério teria reafirmado o interesse em se lançar ao Executivo estadual. “Ele é competente, operoso, foi ministro, tem atuação destacada no Senado. É legítimo que deseje ser governador”, reconheceu.

Apesar disso, Agripino reforçou que a construção de uma candidatura única no primeiro turno é fundamental para impedir que o PT conquiste pelo menos uma das vagas em disputa, como a do Senado. Para ele, um erro de cálculo pode permitir que o partido, mesmo derrotado no governo, eleja um senador. “O centro e a direita não podem se dividir. Se isso acontecer, podemos perder o governo e entregar o Senado ao PT”, afirmou.

Ao listar nomes que surgem como opções viáveis no grupo, Agripino incluiu Rogério, o ex-prefeito de Natal Álvaro Dias (Republicanos) e o prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra (União). Embora tenha ressaltado que Allyson nunca se lançou formalmente, reconheceu que seu nome está “na boca do povo”. Disse ainda que essa escolha deve ser feita por meio de uma pesquisa bem feita, com credibilidade e aceitação dos pré-candidatos, medindo não apenas intenção de voto, mas principalmente os atributos e capacidades que o eleitor mais valoriza.

Agripino defendeu que o escolhido represente, de forma clara, a expectativa do eleitor por uma administração moderna e eficaz. “Quem tem que fazer essa avaliação é o grupo, mas com maturidade. O que eu defendo é que haja um nome só, escolhido por quem tiver mais força e condição de vencer desde o primeiro turno”, disse.

Sobre o papel de Paulinho Freire, Agripino o classificou como uma peça fundamental no processo de articulação política. Segundo ele, Paulinho tem exercido um papel importante de coordenação dentro da federação entre União Brasil e Progressistas. “Ele é um articulador exímio, muito hábil, tem comando político e foi eleito com legitimidade na maior cidade do Estado”, afirmou.

O ex-senador também comentou a união entre União Brasil e PP. Segundo ele, a relação entre os partidos é cordial, sem disputa interna, e visa a montagem de nominatas competitivas para deputado federal e estadual. Ele acredita que o Senado aprovará o aumento do número de cadeiras na Câmara e nas Assembleias Legislativas, o que pode ampliar as oportunidades para as duas legendas na composição de chapas.

Ao final da conversa, Agripino defendeu unidade e prudência como caminhos para que a oposição consiga derrotar o PT e retomar o comando do Estado. Para ele, o tempo das decisões está se aproximando, e os nomes mais lembrados pela população devem ser levados a sério. “A pesquisa vai mostrar quem é o mais forte. E quem tiver força para vencer deve ser o candidato único da nossa aliança.”

Agora RN

Polícia conclui que 'brincadeira' causou morte de criança que caiu de van escolar no RN; motorista será indiciado

 

Créditos: Reprodução

Responsável pela investigação da morte de uma criança de 11 anos que caiu de uma van de transporte escolar no interior do Rio Grande do Norte, o delegado Valério Kürten apresentou novidades sobre o caso nesta sexta-feira (6). A Polícia Civil concluiu que o acidente foi ocasionado por uma "brincadeira" realizada pela vítima, Luyz Ronaldo Carvalho Bezerra, que saiu do veículo pela janela. Ainda segundo o delegado, o motorista da van vai ser indiciado por homicídio culposo porque não tinha habilitação para conduzir esse tipo de veículo.

O delegado esteve com a equipe na cidade de Carnaubais, refez todo o trajeto da van e informou que conseguiu conversar com crianças que faziam o mesmo percurso com Luyz. Duas meninas contaram que há algum tempo costumavam fazer uma "brincadeira" em que elas saíam pela janela da van em movimento e acessavam uma escada que fica no veículo.

Valério disse ainda que o veículo não tinha condições adequadas de uso, não havia identificação de que era transporte escolar, e que também estava faltando um retrovisor central.

O delegado afirmou que espera a perícia do veículo ser concluída para também concluir o inquérito, mas informou que o motorista da van vai ser indiciado por homicídio culposo por não ter habilitação para conduzir transporte escolar.

Por meio de nota, a prefeitura de Carnaubais informou que também está apurando o caso e vai buscar informações sobre os responsáveis, e, se forem confirmadas as irregularidades, vai tomar as providências para que situações como essa não voltem a acontecer.

Com informações de g1 RN

Anel viário de Mossoró entra na rota de Bolsonaro durante agenda pelo RN

 

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL-RJ) visita o anel viário de Mossoró (RN), às 7h do sábado (14), antes de solenidade de entrega do título de cidadão mossoroense e da abertura do Seminário do Projeto Rota 22. O anel viário de Mossoró está em construção, com um investimento de R$ 67,8 milhões, liberados via Ministério do Desenvolvimento Regional, com contrapartida do município. Os recursos foram assegurados no primeiro semestre de 2022, quando o senador Rogério Marinho (PL) era o titular do Desenvolvimento Regional do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

O anel viário terá 8 quilômetros de extensão, conectando as BRs 110 (saída para Areia Branca) e 304 (saída para Fortaleza). Será a primeira via da cidade com 100% de ciclovia, calçadão acessível e iluminação LED. O projeto ainda contempla uma ponte sobre o rio Mossoró.

“A obra trará mudanças para toda a mobilidade urbana da capital do Oeste. É uma necessidade para as áreas próximas das universidades, do Complexo Judiciário e de diversas indústrias como: salineira, energias renováveis, petróleo e fruticultura”, reforça o senador Rogério Marinho, secretário-geral do PL e pré-candidato ao governo do RN.

As obras começaram na BR-110, em 21/02/2024 e tem previsão de término para 30 de setembro deste ano. O anel viário é um projeto antigo, que atravessou décadas e que tem importância fundamental para a mobilidade da cidade. Quando estiver pronto, irá desafogar o trânsito principalmente nas avenidas Leste-Oeste e Presidente Dutra. Quando concluído irá evitar que os veículos de cargas passem pelo centro da cidade, como os que transportam a produção de sal na região da Costa Branca.

Outro benefício da construção é que desafogará o trânsito na chamada “avenida universitária”, beneficiando os estudantes da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN) e da Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA). Também vai beneficiar aos moradores do Vingt Rosado, Alto das Brisas e de condomínios residenciais.

AGENDA

A agenda do presidente Bolsonaro no Rio Grande do Norte terá início na quinta-feira (12), às 11h, com a chegada ao Aeroporto de São Gonçalo do Amarante, onde caravanas de vários municípios estão moblizadas para recepcionar o capitão, que às 12h terá almoço com influenciadores digitais. No expediente da tarde, às 14h30, terá a entrega de títulos de cidadania natalense e norte-rio-grandense na Câmara Municipal de Natal e às 16h tem visita à Engorda de Ponta Negra.

Confira a sequência da agenda a seguir:

Sexta-feira – 13 de junho

7h: Visita ao Hospital Rio Grande

9h30: Visita a Tangará

10h30: Visita ao Hospital Municipal de Santa Cruz e ao Santuário de Santa Rita de Cássia

13h: Visita à Cidade da Moda, em Acari

15h: Visita à Barragem de Oiticica, em Jucurutu

19h: Participação no Mossoró Cidade Junina

Sábado – 14 de junho

7h: Visita ao Anel Viário de Mossoró e entrega de título de cidadão mossoroense

8h: Seminário do Projeto Rota 22 no Hotel Garbos

14h30: Retorno pelo Aeroporto de São Gonçalo do Amarante

Multidão quebra parte de cerca no Arena das Dunas e invade área do São João de Natal

 

Durante a realização do São João de Natal no polo Arena das Dunas, um grupo de pessoas derrubou parte de uma cerca de contenção instalada em uma das áreas do estacionamento do espaço. O episódio resultou na entrada não autorizada de indivíduos em uma área restrita do evento.

A invasão ocorreu em meio à grande movimentação de público registrada nos dias de festa, que reuniu aproximadamente 150 mil de pessoas para acompanhar apresentações musicais e atividades culturais. O trecho afetado fazia parte da estrutura montada para garantir o ordenamento do local e a segurança dos participantes.

Até o momento, não há confirmação oficial sobre feridos ou prejuízos materiais decorrentes da ação. Também não foram divulgadas informações sobre detenções ou medidas aplicadas aos envolvidos.

A organização do evento e os órgãos de segurança pública ainda não emitiram nota oficial sobre o ocorrido.

Portal 98 FM

A vaidade de Styvenson Valentim

 

Apesar dos números favoráveis nas pesquisas recentes, o senador Styvenson Valentim (PODEMOS) enfrenta críticas crescentes nos bastidores da oposição no Rio Grande do Norte por tentar centralizar a definição da chapa majoritária para as eleições de 2026. Interlocutores apontam que a condução unilateral do senador desconsidera articulações relevantes em curso, especialmente a possível composição entre o prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra (União Brasil), e o ex-prefeito de Natal, Álvaro Dias (Republicanos).

A movimentação, vista por aliados como um gesto de vaidade política, preocupa setores da oposição que defendem uma construção coletiva, com base em critérios de viabilidade eleitoral e equilíbrio regional. A leitura é de que subestimar o potencial de uma chapa Allyson-Álvaro — que reúne experiência administrativa e forte presença nas duas principais cidades do estado — pode ser um erro estratégico com impactos duradouros.

“O vento que sopra aqui é o mesmo que sopra lá”, afirmou uma liderança da oposição, sugerindo que o clima político nacional e estadual exige mais diálogo e menos imposição. Com o cenário ainda em formação, a expectativa é de que as forças de oposição consigam encontrar um denominador comum antes que divergências internas comprometam a competitividade do grupo em 2026.

Fonte: Blog Robson Pires

Xand Avião pergunta “quem quer Allyson governador” e multidão do Pingo da Mei Dia responde “eu”; vídeo

 

Durante sua apresentação neste sábado (7) no Pingo da Mei Dia, o cantor Xand Avião surpreendeu o público ao puxar um grito de apoio à possível candidatura do prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra (União Brasil), ao Governo do Rio Grande do Norte.

“Quem quer Allyson governador, grita ai!”, disse Xand, provocando uma grande reação do público presente no Corredor Cultural. Antes, o cantor já havia elogiado o gestor mossoroense, declarando ser fã do trabalho que ele vem desenvolvendo à frente da prefeitura.


São João de Natal bate recorde com 150 mil pessoas em noite de Calcinha Preta e Pablo


Redação

O São João de Natal registrou 150 mil pessoas no Polo Arena das Dunas na noite deste sábado 7, recorde do evento neste ano. Shows de Calcinha Preta, Pablo e À Vontade atraíram turistas de outros estados e movimentaram o comércio local. A Prefeitura interditou vias próximas para garantir segurança e fluxo de pedestres.

“O São João hoje é referência nacional. Essa multidão comprova o sucesso”, afirmou o prefeito Paulinho Freire (União). A vocalista da Calcinha Preta, Silvânia Aquino, destacou a recepção: “Vi os portões fechados e o público vibrando. É energia pura”.

são joão de Natal RN clareada
STTU controlou fluxo de veículos no entorno do evento; ambulantes relatam aumento nas vendas com público recorde. | Foto: Secom PMN

Turistas como Mariana Souza, de Recife, vieram exclusivamente para o evento: “A estrutura está incrível, e a programação vale a viagem”.

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A STTU manteve operação especial de trânsito, enquanto ambulantes aproveitaram o movimento. “Trouxe cerveja e já preciso repor. O rendimento está ótimo”, disse Carlos Henrique, vendedor no local. A secretária de Cultura, Iracy Azevedo, reforçou o aspecto cultural: “Batemos recorde porque o São João é nossa identidade”.

Veja a programação do São João de Natal

PROGRAMAÇÃO POLO ARENA DAS DUNAS

08.06.25 – DOMINGO    

MENOS É MAIS
LÉO FOGUETE
MARI FERNANDES

13.06.25 – SEXTA-FEIRA    

GIULLIAN MONTE
FLAVIO JOSE
MICHELE ANDRADE
ALOK

14.06.25 – SÁBADO    

GUSTAVO MIOTO
RAÇA NEGRA
JOÃO GOMES

15.06.25 – DOMINGO    

PEDRO LUCAS
SIMONE MENDES
XAND AVIÃO
BELO

Fonte: AGORA RN

250 mil invadem Mossoró no Pingo da Mei Dia: Xand Avião e Léo Santana comandam maior abertura da história



Redação

Pingo da Mei Dia, abertura oficial do Mossoró Cidade Junina 2025, reuniu mais de 250 mil pessoas neste sábado 7, no Corredor Cultural. O show do cantor Xand Avião foi o ponto alto da noite, que contou ainda com Léo Santana e outros 12 artistas em sete trios elétricos – maior estrutura já montada na história do evento.

A Prefeitura usou drones e análise fotográfica aérea para contabilizar o público. “Os números superaram todas as expectativas e comprovam o crescimento do nosso São João”, afirmou um representante da organização.

pingo da mei dia 2025 (3)
Drones e análise fotográfica aérea confirmaram o número de participantes; não houve registros graves de incidentes. | Foto: Francinildo Silva / Secom PMM

O Pingo da Mei Dia contou com a presença de mais de 1,5 mil agentes de segurança, incluindo a Polícia Militar, Civil, Polícia Penal, Bombeiros Militares e Civis, brigadistas, Polícia Rodoviária Estadual, Polícia Federal, agentes de trânsito, ITEP, Guarda Civil Municipal e segurança privada.

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Além das atrações musicais, o evento recebeu cobertura maciça da imprensa nacional, com transmissões da Band, Record, SBT e emissoras locais.

O sucesso do Pingo da Mei Dia reforça o crescimento do Mossoró Cidade Junina como um dos principais festejos do Nordeste. A programação continua até o final do mês com mais shows e eventos culturais.

Fonte: AGORA RN

Policiais penais encontram celulares escondidos em teto de cela da penitenciária de Alcaçuz



Foto: Seap/Cedida

Policiais penais localizaram três celulares escondidos no teto de uma cela, na manhã deste sábado (7), durante uma reforma na Penitenciária Estadual de Alcaçuz, em Nísia Floresta, na Grande Natal.

A direção da unidade acredita que o esconderijo é muito antigo, uma vez que estava camuflado com reboco. Os aparelhos estavam descarregados.

Anotações encontradas junto com aparelho são datadas de agosto de 2015 — Foto: Seap/CedidaFoto: Seap/Cedida

De acordo com a Secretaria de Administração Penitenciária, anotações localizadas com os celulares têm data de 2015, reforçando as suspeitas da direção da unidade que os aparelhos estavam escondidos há muito tempo.

Ainda de acordo com a pasta, atualmente, as celas de todas as unidades prisionais do estado não têm energia elétrica, seguindo recomendação do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), o que inviabiliza o carregamento de aparelhos.

g1-RN

Pré-candidato à presidência da Colômbia passa por 1ª cirurgia após ser baleado em atentado e terá ‘horas críticas’ pela frente


Foto: NurPhoto/Getty Images

Miguel Uribe, pré-candidato à presidência da Colômbia, saiu de sua primeira cirurgia, depois de ser baleado no sábado, 7, durante um evento de campanha em Bogotá. A informação foi divulgada neste domingo, 8, pelo prefeito da cidade, Carlos Fernando Galán.

Segundo Galán, Uribe, que também é senador, passará por “horas críticas” após a cirurgia na luta pela sobrevivência. A intervenção médica durou mais de três horas.

VEJA TAMBÉM: VÍDEO: Pré-candidato à presidência da Colômbia é baleado durante evento

“Miguel está lutando nesses momentos de sua vida. Pedimos a Deus que guie as mãos dos médicos que o estão atendendo. E peço para nos unirmos em uma rede de orações pela vida de Miguel”, escreveu, neste domingo, María Claudia Tarazona, esposa de Uribe, na página do candidato no X.

Investigação

Autoridades continuam investigando o caso. O senador de 39 anos foi baleado em um parque público em Bogotá, de acordo com um comunicado do partido condenando o ataque.

Segundo a mídia colombiana, um suspeito menor de idade foi detido, mas passaria por uma cirurgia após ser atingido por um disparo por parte do esquema de segurança do senador.

O partido afirmou em um comunicado que “sujeitos armados atiraram nele pelas costas”, de acordo com a imprensa local.

“Espero que Miguel Uribe Turbay sobreviva, é o que mais quero”, disse o presidente colombiano, Gustavo Petro, que repudiou o atentado em postagem nas redes sociais no sábado. O líder do executivo fez referência aos ciclos de violência que persistem no país e expressou solidariedade à família do senador.

Mais cedo no sábado, o governo nacional havia divulgado nota descrevendo o atentado como um ato de violência “não apenas à integridade pessoal do senador, mas também à democracia, à liberdade de pensamento e ao exercício legítimo da política na Colômbia”.

Estadão com informações da AFP

sábado, junho 7

FRAUDE EM IPANGUAÇU: JUSTIÇA RECONHECE ESQUEMA ILEGAL DE 2023 E 2024 NAS CONTRATAÇÕES DE PESSOAL ENVOLVENDO GESTÃO DE EX-PREFEITOS



O Ministério Público do Trabalho no Rio Grande do Norte (MPT-RN) obteve decisão judicial que reconheceu a existência de uma fraude sistêmica em contratações de pessoal no município de Ipanguaçu. A sentença, proferida pela Vara do Trabalho de Assú, ratifica decisão liminar anterior e detalha um esquema de terceirizações irregulares sustentado por falsas cooperativas e organizações sociais com o objetivo de burlar a exigência constitucional de realização de concurso público, o que não acontece há mais de duas décadas.


O município de Ipanguaçu utilizava a Cooperativa de Trabalho dos Profissionais da Educação do Estado do RN (COOPEDU) e, posteriormente, a organização social Promove Ação Sociocultural (PROMOVE), unicamente como meio de camuflar a contratação direta. A situação foi agravada pela subcontratação ilegal da Cooperativa de Trabalho em Serviços de Saúde (BEM-ESTAR).


O procurador do Trabalho Afonso Rocha explica como funcionava a dinâmica de terceirização precarizante: “Conseguimos demonstrar que se formou uma rede de empresas e entidades com o fim único de simular um regular contrato de gestão, mas de modo a permitir o controle das contratações de pessoal, sem nenhuma transparência. Essas organizações atuavam como meras fornecedoras de mão de obra, com vínculos formais mascarados por estruturas jurídicas diversas. Ficou evidente a ausência de fiscalização e formalização regular em face dos contratos de terceirização existentes o que levou aos prejuízos sistêmicos aos trabalhadores e, por consequência imediata, ao erário”.


Condenação


Na sentença, a juíza Maria Rita Manzarra destacou que em 2023 e 2024 foram ajuizadas, perante a Vara do Trabalho de Assú, mais de 150 reclamações trabalhistas em desfavor da COOPEDU e do município de Ipanguaçu. E nos últimos meses foram mais de 300 ações ajuizadas contra a PROMOVE.


Ela também reconheceu a formação de grupo econômico entre os réus e mencionou o uso político-eleitoral das contratações, com relatos de que empregos eram oferecidos em troca de votos.


Assim, foram condenados solidariamente a PROMOVE, a BEM-ESTAR e o município de Ipanguaçu nas seguintes obrigações: pagar as verbas contratuais e rescisórias dos empregados da PROMOVE;


Além disso, a PROMOVE e a BEM-ESTAR deverão pagar juntas uma indenização de R$ 300 mil por danos morais coletivos, assim como o município de Ipanguaçu também arcará com o mesmo valor, a ser revertido em benefício de instituições sem finalidade lucrativa ou ao Fundo de Amparo ao Trabalhador.


Os três entes também terão que pagar, solidariamente, em torno de R$255 mil pela prática de “dumping social”, que é quando há a prática reiterada de descumprimento da legislação trabalhista, como forma de possibilitar lucro e vantagem sobre a concorrência, com repercussão danosa nos contratos dos trabalhadores.


Entre outras determinações, a decisão ordena ainda o bloqueio de créditos devidos às rés por parte de municípios potiguares como Guamaré, Macau, Pau dos Ferros, João Câmara e Baía Formosa, e exige o depósito judicial dos valores para garantir os direitos dos trabalhadores prejudicados.


Em audiência anterior, o MPT firmou acordo com a COOPEDU, prevendo o pagamento parcelado dos débitos e multa de 100% em caso de inadimplência. Caso o acordo seja cumprido integralmente, a cooperativa será excluída da ação.


Confira a sentença clicando aqui.

 

VT 

Justiça concede liberdade a acusado de agredir bebê de 4 meses achando que era ‘reborn’


Foto: reprodução

A Justiça concedeu liberdade provisória a Filipe Martins Cruz, acusado de agredir uma bebê de quatro meses ao confundi-la com uma boneca reborn. A decisão, tomada após audiência de custódia em Belo Horizonte, neste sábado, estabeleceu o pagamento de fiança e outras medidas cautelares.

Filipe foi liberado porque o crime pelo qual é investigado prevê pena inferior a quatro anos, o que, segundo a juíza Maria Beatriz Fonseca da Costa Biasutti Silva, não justificaria a prisão preventiva. A decisão reforçou a aplicação de medidas alternativas para garantir o andamento do processo.

Além da fiança fixada em R$ 4.554, equivalente a três salários mínimos, Filipe deverá cumprir outras determinações judiciais, como o comparecimento regular à Central de Acompanhamento de Penas e Medidas Alternativas para monitoramento do caso.

Relembre o caso

O caso ocorreu, na fila de um trailer de lanches na Avenida Getúlio Vargas, na Savassi, região Centro-Sul da capital mineira. O suspeito abordou os pais da criança, insinuando que o bebê era falso e que estavam tentando furar a fila.

Mesmo após os pais confirmarem que o bebê era real, o homem não se convenceu e desferiu o golpe contra a criança, causando inchaço na cabeça. Pessoas que presenciaram a agressão contiveram o suspeito até a chegada de uma viatura da Polícia Militar.

A mãe, de 25 anos, levou o bebê ao Hospital João XXIII, onde os médicos constataram que, apesar do trauma, a criança não corre risco de vida. À polícia, o agressor afirmou ter se irritado por supostamente perder a vez na fila e disse ter consumido bebida alcoólica.

A Polícia Civil informou que o suspeito, de 36 anos, foi conduzido e ouvido na Delegacia de Plantão Especializada em Atendimento à Mulher, nesta madrugada (6), em Belo Horizonte.

O Globo

Todo mundo conhecia o problema do INSS, e o ministro Rui sabe disso’, diz chefe da CGU


Foto: Cristiano Mariz

À frente da Controladoria-geral da União (CGU), que ao lado da Polícia Federal revelou o esquema de fraudes no INSS, o ministro Vinicius Carvalho virou alvo de críticas dentro do governo conforme ficou claro que a investigação havia se transformado numa nova frente de problemas para a gestão de Luiz Inácio Lula da Silva. O ministro da Casa Civil, Rui Costa, disse que o assunto só se tornou uma crise porque avisos não foram feitos ao então ministro da Previdência, Carlos Lupi, que deixou o cargo diante do escândalo. Ao GLOBO, o chefe da CGU disse que seguiu a orientação do presidente de ser “intolerante com fraudes, desvios e corrupção” e que não faltaram alertas sobre o avanço do caso.

A operação contra fraudes no INSS virou uma crise para o governo. Há mea-culpa a ser feita na condução do caso?

O presidente me deu uma tarefa clara quando me convidou para o ministério: ser intolerante com fraudes, desvios e corrupção. Poderíamos fingir que não vimos e rezar para ninguém descobrir. Ou fazer alguma perfumaria, inventando uma Medida Provisória, falando em recadastramento daqui a três anos, como foi feito no governo Bolsonaro. A terceira possibilidade era investigar, punir e ressarcir os aposentados. Esta foi a medida tomada.

Rui Costa disse que não houve alerta sobre o caso “a nível de ministro”. De fato, o senhor não tratou com o ex-ministro Carlos Lupi sobre o assunto. Por quê?

A preocupação do ministro Rui é super legítima: evitar que aposentados e pensionistas fossem lesados. Essa investigação foi feita em menos de um ano, que é um prazo razoável. Houve reuniões com a Previdência, envolvendo secretários. O Tribunal de Contas da União já tinha tomado decisão. Todo mundo sabia do problema e que a CGU estava fazendo auditoria. A informação de que as pessoas não sabiam não procede. O ministro Rui sabe disso. Temos 600 auditorias por ano na CGU. Em algumas situações, detectamos fraude, e a equipe vai à PF. Foram 739 operações feitas com a PF nos últimos 20 anos. Isso não é novidade para ninguém.

O senhor já se entendeu com o Rui Costa?

Nunca tive problema com o ministro. Essa avaliação que ele faz é de quem gostaria que o problema fosse detectado lá atrás. Eu também gostaria. Aliás, os valores obviamente são muito importantes, mas a função precípua do INSS era assinar e avaliar esses acordos de cooperação técnica. Eles foram assinados com entidades que não tinham a menor condição e não prestavam nenhum serviço aos aposentados. Ali é o ovo da serpente. Os acordos com essas entidades vinculadas ao centro do escândalo foram assinados em 2021 e 2022.

Mas o valor explode justamente durante o governo Lula.

Se monto um esquema em 2021 e 2022, em que ano que os descontos iam estourar? Em 2023. Mas não é meu papel defender entidade. Todas que fraudaram o INSS devem ser punidas. Em relação ao núcleo que fez as fraudes, há indícios claros de que foram pagas propinas de diferentes formas para servidores do INSS. Todo mundo está sendo investigado. Só que é importante individualizar a conduta de cada entidade.

A AGU deixou algumas entidades investigadas fora do pedido de bloqueio de recursos, casos da Conafer e da Contag, que tem um irmão de Lula na diretoria. O governo tentou aliviar para elas?

Não. Foram feitos pedidos de bloqueio contra as entidades alvo de processos de responsabilização pela Lei Anticorrupção. Não estou dizendo que outras entidades não possam vir a ter indício de corrupção. Estamos no meio do processo. Não há seletividade. Todas as entidades que tiverem fraudado os descontos ou praticado algum ato de corrupção serão responsabilizadas. Se amanhã aparecer indício, por meio de quebra de sigilo ou relatório de informação financeira, de que a Contag pagou propina, te garanto que o processo será aberto no dia seguinte.

Como moralizar o sistema de descontos dos aposentados?

Há duas formas. A primeira é fazer com que o sistema não exista, dizendo que se trata de relação privada. A segunda é desenvolver um sistema imune, com biometria que funcione e mecanismo de fiscalização. O INSS nem recebia a documentação das entidades. Isso tem que ser revisto. Acho, inclusive, que, se for mantida a possibilidade do desconto em folha, isso tem que ser remunerado ao Estado pelas entidades. Não faz sentido ser gratuito. A conclusão do relatório da CGU é que o mais viável seria interromper os descontos. Mas essa é uma decisão política, que envolve inclusive o Congresso Nacional.

Entrevista completa em O Globo

Moraes manda Ministério da Justiça pedir a extradição de Zambelli


Foto: Vinicius Doti/Fundação FHC e Vinicius Loures/Câmara dos Deputados

O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), pediu para que o Ministério da Justiça formalize o pedido de extradição da deputada licenciada Carla Zambelli (PL-SP). Ele também mandou que o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), seja notificado sobre a cassação da parlamentar.

Moraes mandou o ministério formalizar o pedido de extradição. “[Determino] à Secretaria Judiciária que remeta ao Ministério da Justiça e Segurança Pública os documentos necessários para formalizar o pedido de extradição de Carla Zambelli Salgado de Oliveira, nos termos do Tratado de Extradição entre a República Federativa do Brasil e a República Italiana, e da Lei 13.445/17.”

A documentação deve conter indicações precisas sobre o local, a data, a natureza e as circunstâncias do fato criminoso, segundo Moraes. “E, ainda, cópia dos textos legais sobre o crime, a competência, a pena e sua prescrição.”

Além do pedido de extradição, Moraes determinou que o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), seja notificado sobre a perda do mandato dela. Nesta semana, Zambelli pediu licença por 127 dias para tratar de “interesse particular”. A publicação no Diário Oficial da Câmara dos Deputados diz que serão sete dias para tratamento de saúde, a partir de 29 de maio, e 120 dias para assuntos particulares, que começaram a contar a partir de quinta-feira (5).

A deputada foi condenada a dez anos de prisão e à perda de mandato por ter invadido o sistema do CNJ. A decisão foi por unanimidade na Primeira Turma do STF —segundo a denúncia, Zambelli contratou o hacker Walter Delgatti Neto para inserir um mandado de prisão contra Moraes, assinado por ele mesmo.

Ontem, a Primeira Turma do STF decidiu rejeitar os recursos de Zambelli e de Delgatti Neto. Em seu voto, o relator, ministro Moraes, afirmou que os recursos não preenchiam os requisitos legais. Segundo ele, o embargo de declaração não apontava omissão, contradição ou obscuridade, servindo apenas como “mero inconformismo com a decisão condenatória”

Livre e sem mandado de prisão, a deputada deixou o Brasil com o passaporte em mãos. A saída da parlamentar do país motivou Moraes a atender ao pedido da PGR e decretar sua prisão preventiva.

Após a fuga, o advogado que a representava no caso, Daniel Bialski, deixou a defesa. “Eu fui apenas comunicado pela deputada que estaria fora do Brasil para dar continuidade a um tratamento de saúde”, disse Bialski, em nota enviada à imprensa. “Todavia, por motivo de foro íntimo, estou deixando a defesa da deputada”, afirmou

Trump alerta Musk a não apoiar democratas após rompimento, e ameaça: ‘consequências gravíssimas’


Foto: ROBERTO SCHMIDT / AFP

O presidente americano, Donald Trump, afirmou neste sábado que o homem mais rico do mundo, Elon Musk, pagará “consequências gravíssimas” se financiar candidatos democratas que desafiaram os legisladores que apoiaram o projeto de lei de impostos e gastos dos republicanos. Em entrevista por telefone com Kristen Walker, da NBC News, o presidente também revelou que não deseja restaurar o relacionamento com Musk — com quem rompeu após um embate público na quinta-feira.

— Eu dei a ele algumas folgas no meu primeiro governo e salvei a vida dele no meu primeiro governo. Não tenho intenção de falar com ele — disse Trump na entrevista, chamando Musk de “desrespeitoso” e que tinha assumido que o relacionamento entre eles acabou.

O bilionário apoiou a campanha eleitoral de Trump e do vice-presidente J.D. Vance em 2024 e liderou os esforços de corte de gastos do Departamento de Eficiência Governamental (Doge). Sua aliança com Trump, no entanto, se desfez de forma dramática na quinta-feira, depois que se manifestou contra o projeto de lei de impostos apoiado pelo presidente durante a semana.

Musk argumentou que o projeto de lei aumentaria o déficit americano e prejudicaria seus esforços para cortar gastos do governo. Em resposta, Trump e seus aliados apontaram que o motivo da indignação de Musk seria o plano do governo para eliminar gradualmente créditos tributários para veículos elétricos que beneficiam a Tesla, fabricante de carros elétricos do bilionário.

Vance expressou esperança de que Musk eventualmente “retorne ao grupo” durante uma entrevista no podcast “This Past Weekend w/ Theo Von”, publicado neste sábado. Trump havia encorajado Vance a falar diplomaticamente sobre Musk antes de sua aparição no podcast, de acordo com uma pessoa familiarizada com a situação que compartilhou detalhes sob condição de anonimato.

A disputa pública provocou um baque de US$ 34 bilhões (R$ 189 bilhões no câmbio atual) no patrimônio líquido pessoal de Musk em um único dia, enquanto a Tesla perdeu US$ 153 bilhões (R$ 850,7 bilhões) em valor de mercado na quinta-feira.

Trump disse que não havia pensado mais em sua sugestão anterior de cancelar os contratos federais das empresas de Musk, de acordo com a NBC.

— Eu teria permissão para fazer isso — disse ele. — Não pensei nisso.

O Globo

Com a popularidade em baixa, governo Lula patina ao apostar em medidas populares para tentar reverter rejeição


Foto: KEBEC NOGUEIRA/METRÓPOLES

Com a popularidade em baixa, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sinalou que deve lançar no segundo semestre um pacote com medidas no campo social, voltadas sobretudo para o eleitorado de baixa renda.

A edição da pesquisa Genial-Quaest, divulgada na quarta-feira (4), mostrou que a impopularidade do presidente cresceu sobre uma das faixas de público mais fiéis ao petista: aqueles que ganham até dois salários-mínimos.

Por isso, o presidente solicitou à Casa Civil medidas de impacto rápido e direto, sobretudo envolvendo oferta de crédito a baixo custo, e pretende anunciá-las ao longo dos próximos meses.

Na lista, figuram o financiamento de motocicletas a entregadores de comida, um programa de crédito para jovens abrirem seu primeiro negócio e para donas de casa reformarem seus imóveis e o acesso à cesta básica a idosos de baixa renda.

Fora isso, há medidas já anunciadas como a tarifa social de energia elétrica, o vale gás e a isenção do imposto de renda para quem ganha até R$ 5 mil.

O petista também pretende participar de caravanas temáticas promovidas pelas pastas ministeriais. Uma delas é o programa de consultas com especialistas promovido pelo Ministério da Saúde.

O presidente manifestou ainda a intenção de acompanhar vistorias de obras públicas e marcar presença em eventos culturais financiados pelo governo federal.

Segundo relatos à CNN, a avaliação é de que, até agora, o governo Lula 3 não conseguiu pautar o debate público. E tem ficado refém de crises políticas ou de críticas da oposição. Nas palavras de um auxiliar, a gestão não pode “continuar a reboque”.

Nos bastidores, assessores palacianos reconhecem que o episódio do IOF ajudou a manter a popularidade do presidente em baixa, um exemplo do que o governo petista não deve fazer: anunciar medidas sem antes discutir com a cúpula do Congresso Nacional.

CNN Brasil

Motta diz que projeto que derruba IOF deve ser pautado na terça-feira (10)


Foto: Reprodução/Esfera Brasil

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), disse neste sábado (7.jun.2025) que avalia colocar em pauta na terça-feira (10) um PDL (Projeto de Decreto Legislativo) para derrubar os efeitos da medida apresentada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), que elevou as alíquotas do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras).

“Vamos amanhã, após a apresentação das medidas do governo, decidir sobre o PDL, que pode entrar na pauta na próxima 3ª feira. Tudo isso será deliberado após essa conversa. Não é justo termos estabelecido um prazo de 10 dias para que o governo apresentasse alternativas e decidirmos antes disso. Qualquer posição agora fugiria ao que foi combinado”, disse. Motta discursou por 10 minutos no Fórum Esfera, evento realizado pela Esfera Brasil no Guarujá (SP).

Um pacote de medidas fiscais para compensar um recuo na alta do IOF será discutido com líderes de partidos da Câmara e do Senado em reuniões no domingo (8.jun), em Brasília. Os encontros serão realizados no fim do dia. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, participará. O deputado afirmou que a discussão sobre uma reforma estruturante para o país foi “empurrada” pela decisão do governo de propor o aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras).

Segundo o deputado, é necessário ter “responsabilidade, serenidade e equilíbrio” na condução da pauta para que “tudo aquilo que já está difícil não venha a ser piorado com movimentos políticos bruscos”.

Motta diz que percebe na conversa com o governo federal uma oportunidade para “não só pensar no problema imediato deste ano”, mas também para poder tratar de algo mais estruturante e de longo prazo, que seriam reformas e assuntos que nunca foram tratados antes.

Motta defendeu o corte nas isenções fiscais que, para ele, chegaram a um nível que o país não é mais capaz de suportar. A uma plateia de políticos e empresários, o deputado afirmou que é preciso haver um “mínimo de acompanhamento” na contrapartida de quem recebe benefícios tributários.

“Estamos colocando na mesa de discussão o corte nas isenções fiscais que ao longo do tempo foram dadas em nosso país. Isenções extras que chegam ao número não mais possível de suportar pelas contas do nosso país. Isenções essas que não têm o mínimo de acompanhamento sobre o retorno e a contrapartida que deve ser dada por quem as recebe”, disse.

Disse que a revisão dos benefícios tributários pode ser uma pauta “antipática” em um 1º momento, mas se houver capacidade de comunicação e para encarar a realidade “nua e crua como ela é”, todos perceberão que não há mais “tempo para adiar o futuro do país”.

Em um discurso com muitas frases de efeito, o presidente da Câmara disse que a política econômica do governo federal não coincide com o discurso do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de que trabalha pela justiça social pois a irresponsabilidade fiscal conduz o país para a injustiça.

“Não há justiça social com irresponsabilidade fiscal. Não há crescimento com improviso. Não há futuro possível para um país que insiste em empurrar a conta adiante esperando que ela se resolva por mágica ou discurso. O Brasil precisa de coragem, sobretudo para entender que a boa política começa no Orçamento e não na propaganda”, afirmou.

Motta disse que o modelo de governo no Brasil virou “uma grande costureira” que tenta resolver novas crises com remendos no Orçamento da União.  “A cada crise, é um novo remendo no cobertor. Só que o fio está acabando e se nada for feito a costureira morre e leva o país junto”.

IOF

Em maio, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) publicou um decreto que elevou imediatamente a alíquota de cobrança do IOF. O governo visava arrecadar até R$ 20,5 bilhões a mais com a medida.

A medida encontrou resistência entre agentes do mercado e no Congresso. No mesmo dia do anúncio, o governo revogou parte do decreto, relacionado aos investimentos de fundos brasileiros em ativos no exterior e às remessas destinadas a investimentos.

Em 28 de maio, Motta e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), deram prazo de 10 dias para o governo apresentar uma proposta que substitua o aumento do imposto, sob ameaça de pautar um PDL. Neste sábado (7.jun), no evento, Motta defendeu o corte nas isenções fiscais que, para ele, chegaram a um nível que o país não é mais capaz de suportar.

Poder 360