quinta-feira, agosto 29

Ida do PMDB para oposição cria um cenário de dificuldades para Rosalba Ciarlini na Assembleia


Relação entre a governadora Rosalba Ciarlini e o presidente Ricardo Motta ficou pior depois dos cortes do Executivo ao orçamento da Assembleia Legislativa. Foto: Divulgação
Relação entre a governadora Rosalba Ciarlini e o presidente Ricardo Motta ficou pior depois dos cortes do Executivo ao orçamento da Assembleia Legislativa. Foto: Divulgação
O afastamento do PMDB em relação ao governo do Estado criará um cenário de dificuldades para a governadora Rosalba Ciarlini na Assembleia Legislativa. Caso confirme-se o rompimento do partido, a partir de amanhã o governo terá apenas nove deputados, contra uma bancada de 15, entre independentes e a grande maioria oposicionista – restando ainda 16 meses de governo pela frente.
Com a saída dos quatro deputados do PMDB, a base de Rosalba passará a contar com os deputados Antônio Jácome (PMN), George Soares (PR), Getúlio Rego (DEM), Gilson Moura (PV), José Adécio (DEM), Leonardo Nogueira (DEM), Raimundo Fernandes (PMN), Ricardo Motta (PMN) e Vivaldo Costa (PR).
Entre oposicionistas e independentes, a oposição contaria então com 15 parlamentes, sendo eles Agnelo Alves (PDT), Ezequiel Ferreira (sem partido), Fábio Dantas (PHS), Fernando Mineiro (PT), Gesane Marinho (PSD), Gustavo Fernandes (PMDB), Gustavo Carvalho (PSB), Hermano Morais (PMDB), José Dias (PSD), Larissa Rosado (PSB), Márcia Maia (PSB), Nélter Queiroz (PMDB), Tomba Farias (PSB), Walter Alves (PMDB) e Kelps Lima (sem partido). A bancada da oposição poderá ser maior, caso o PR declare rompimento.
Nos bastidores, o desarranjo na base governista é atribuído às dificuldades impostas pelo próprio governo, que mesmo diante das dificuldades da gestão, não deu abertura para o diálogo – mesma postura adotada pela gestão com os poderes e com os grevistas. Durante todo o governo até agora a governadora só se reuniu uma vez com os deputados da base, ainda em 2011. Nunca houve preocupação da gestão de ouvir os deputados, que circulam pelo interior, visitam as bases e conhecem os problemas.
Sobre a atenção dispensada pelo governo à Assembleia, o deputado estadual Agnelo Alves chegou a comparar que o governo quer aprovar suas matérias de um dia para o outro, mas passa seis meses para responder aos requerimentos dos deputados – mostrando desatenção e desarticulação.
Para muitos deputados, Rosalba já superou a ex-prefeita Micarla de Sousa há muito tempo. Micarla saiu da gestão com mais de 90% de desaprovação. A única coisa que não se pode acusar o governo é de corrupção, conforme admitido pelo próprio vice-governador Robinson Faria (PSD), adversário político da governadora. Já a ineficiência seria a marca registrada.

Impeachment de Rosalba Ciarlini tramitaria com facilidade na Assembleia Legislativa
A possibilidade de processo de impedimento da governadora Rosalba Ciarlini passa a ser mais real na Assembleia Legislativa, com o rompimento do PMDB em relação ao governo do Estado. Embora oficialmente ninguém tenha levantado esta hipótese na Casa, é comum ouvi-la em rodas de conversas e na sociedade.
Diante do desgaste do governo, entretanto, se houver o processo, não há dúvida que ele tramitará com facilidade. Ambiente propício existe, inclusive depois de amanhã, quando o PMDB efetivamente vai ter seu rompimento com o governo, com quatro deputados que deverão engrossar a bancada da oposição.
Jornal de Hoje

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