Um possível adiamento das eleições municipais de outubro de 2020 é aprovado por 62,5% da população do Brasil, indica pesquisa CNT/MDA divulgada hoje. Já 30,4% dos entrevistados se mostraram contrários à mudança, sendo que 7,1% não sabem ou não responderam.
Segundo a MDA, contratada pela CNT (Confederação Nacional dos Transportes) para a pesquisa, foram feitas 2.002 entrevistas por telefone, entre 7 e 10 de maio, com pessoas de 494 municípios, de 25 Unidades da Federação. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais.
O 1º turno das eleições municipais está marcado para o dia 4 de outubro deste ano, mas o próximo presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), ministro Luís Roberto Barroso, admite que existe a possibilidade de mudança por causa da pandemia do novo coronavírus. Para ele, a decisão deve ser pautada por parâmetros sanitários, e não políticos.
“Por minha vontade, nada seria modificado porque as eleições são um rito vital para a democracia. Portanto, o ideal seria nós podermos realizar as eleições. Porém, há um risco real, e, a esta altura, indisfarçável, de que se possa vir a ter que adiá-las”, adiantou Barroso que assumirá a presidência da Corte eleitoral, atualmente comandada por Rosa Weber, no final deste mês.
A pesquisa CNT/MDA divulgada hoje também analisou o desempenho do governo Bolsonaro, o qual é considerado negativo por 43,4% dos entrevistados.
O levantamento mostra os índices de popularidade do governo e do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e traz a avaliação dos brasileiros sobre a atuação dos governos federal e estaduais no enfrentamento à pandemia do novo coronavírus.
Emenda à Constituição
Como a data da eleição —primeiro final de semana de outubro— está prevista na Constituição Federal, qualquer alteração nesse sentido terá que ser feita pelo Congresso Nacional. Barroso pretende ter uma definição sobre o assunto até junho, quando precisam ser feitos os testes nas urnas eletrônicas.
Caso isso não seja possível, o ministro pretende se reunir com os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), para que uma emenda constitucional estabeleça um novo calendário.
*Com informações da Agência Brasil.
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