terça-feira, maio 26

VADÃO, EX-TÉCNICO DA SELEÇÃO FEMININA, MORRE VÍTIMA DE CÂNCER


Oswaldo Fumeiro Alvarez, o Vadão, faleceu nesta segunda-feira, em São Paulo, aos 63 anos. Ele lutava contra complicações de um câncer de fígado, que atingiu outros órgãos. O corpo será enterrado em Monte Azul Paulista, cidade natal. O ex-treinador teve passagens por Corinthians, São Paulo e seleção brasileira feminina.
Vadão foi diagnosticado com a doença em dezembro do ano passado e, desde então, vinha realizando tratamento e estava internado no hospital Albert Einstein, em São Paulo. O quadro do ex-treinador era considerado grave após a quimioterapia e radioterapia. Ele deixa a esposa Ana Alvarez e dois filhos, Adriano e Carolina Alvarez.
Nas redes sociais, atletas que trabalharam com Vadão publicaram mensagens emocionadas. Marta e Cristiane enviaram relatos de agradecimento ao ex-treinador.
“Vá em paz professor,Sua missão nessa terra você cumpriu e com muito êxito.Desconheço qualquer ser humano igual, voce soube viver a vida de maneira digna e honestamente, orgulho demais de ter vivido momentos maravilhosos ao seu lado e ter tido a oportunidade de aprender muito. Obrigada por tudo e descanse em paz”, escreveu a camisa 10 da seleção brasileira.
Vadão despontou para o cenário nacional como treinador do Mogi Mirim, em 1992, liderando a equipe que foi batizada de Carrossel Caipira. O apelido foi dado em referência ao estilo de jogo ofensivo, remetendo à Holanda de 1974, o Carrossel Holandês.
Não só pela origem no Mogi Mirim, Vadão teve carreira marcante em clubes do interior paulista, especialmente a dupla de Campinas – Guarani e Ponte Preta. Pelo Bugre, foi vice-campeão da Série B de 2009. Na Macaca, teve quatro passagens e é considerado ídolo.
Vadão foi o responsável por lançar Kaká no São Paulo — Foto: Arquivo pessoal / Oswaldo Alvarez



Com Vadão, o São Paulo foi campeão do Torneio Rio-São Paulo de 2001, na final contra o Botafogo, que marcou o surgimento de Kaká.
Vadão teve duas passagens pela seleção feminina. Na primeira, entre 2014 e 2016, alcançou o quarto lugar nos Jogos Olímpicos Rio-2016.
Na segunda, mais conturbada pela rotina de derrotas – chegou a acumular 10 derrotas em 11 jogos. Ele fora reconduzido ao cargo para substituir Emily Lima, mas não conseguiu fazer a equipe jogar bem. No Mundial feminino de 2019, o Brasil foi eliminado pela França nas oitavas de final.
Vadão foi demitido da seleção para dar lugar a Pia Sundhage.
O Globo

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