A EMPARN prevê a tendência de que as chuvas apresentem um comportamento próximo da normalidade climatológica em grande parte do norte do Nordeste, incluindo o Rio Grande do Norte. Segundo estudos meteorológicos, “as chuvas serão mais intensas em regiões como o Alto Oeste e Vale do Assu. Já em áreas como o Seridó, Agreste e Litoral as precipitações devem ser mais escassas. A média de chuvas no semiárido para os meses de fevereiro, fevereiro, março e abril, que corresponde a estação chuvosa e maio da pós estação deve girar em torno de 500mm, o que não será suficiente para encher os grandes reservatórios, mas garante uma boa recarga de água nas pequenas bacias”.
A previsão climática para o trimestre Março, Abril e Maio de 2017 para o Nordeste, baseada nos estudos climatológicos e meteorológicos, indica que para o centro-norte da região do Semiárido a previsão é de que a categoria com maior probabilidade é de abaixo da faixa normal climatológica (40%) seguida da categoria dentro da faixa climatológica (35%). Sobre o sul dessa região há baixa previsibilidade para o período, o que implica em igual probabilidade para as três categorias, ou seja a precipitação tem a mesma probabilidade de ficar acima, próxima ou abaixo da média histórica. As anomalias negativas que ocorriam sobre o Oceano Pacifico equatorial se dissiparam, e portanto a temperatura da superfície do mar sobre essa região está próximo à sua média histórica.
Por outro lado, as águas no Atlântico Tropical Norte permanecem aquecidas. A persistência de águas superficiais anomalamente aquecidas na região do Atlântico Tropical Norte, no decorrer do trimestre, como é previsto pela maioria dos modelos de previsão climática sazonal, favorece a continuidade da condição de déficit pluviométrico no centro-norte da Região Nordeste. Para o trimestre Março, Abril e Maio, principal período da estação chuvosa do norte da Região Nordeste, as previsões climáticas para a região semiárida indicam a categoria abaixo da faixa normal climatológica como a mais provável. Se esses prognósticos se confirmarem passaremos para o sexto ano consecutivo de redução drástica na precipitação pluviométrica, cujos efeitos deverão ser os mais perversos dos últimos cem anos.
Nesse contexto, se faz necessário que os governantes priorizem os assuntos dos recursos hídricos e da irrigação, como alternativa, assegurando a adequada coordenação, expansão e sustentabilidade das modalidades privadas e parceria público/privada, sobretudo na região nordeste, traçando, portanto, uma efetiva política de desenvolvimento regional integrado, consubstanciada no preceito constitucional da redução das desigualdades.
Antonio de Paula Batista
Economista
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