quarta-feira, abril 9

Nova rodada de tarifaço de Trump entra em vigor nesta quarta


Foto: REUTERS/Evelyn Hockstein • REUTERS

A nova rodada de tarifas dos Estados Unidos contra dezenas de países passa a vigorar a partir da 1h01 (horário de Brasília) desta quarta-feira (9).

A medida começa a valer para 57 países, incluindo antigos aliados, como Japão e União Europeia, e rivais, a exemplo da China.

O sobrepreço começa uma semana após o presidente norte-americano, Donald Trump, anunciar o “tarifaço”, com a justificativa de atrair investimentos privados para o país e estimular a geração de empregos.

No sábado (5), começou a valer a taxação a dezenas de países, entre eles o Brasil, com o índice base de 10% sobre a importação de itens para os EUA.

O sobrepreço adicional desta quarta-feira (9) é aplicado aos países com taxação acima de 11%.

As importações da União Europeia serão atingidas com uma tarifa de 20%, enquanto os japoneses terão barreiras de 24%.

O caso mais extremo é da China, que passará a contar com tarifas de 104% – resultado de somadas taxas já aplicadas previamente pelo republicano.

O Vietnã, que se beneficiou da mudança das cadeias de suprimentos dos EUA para longe da China após a guerra comercial do primeiro mandato de Trump com Pequim, será atingido por uma tarifa de 46% e concordou na sexta-feira (4) em discutir um acordo com Trump.

O Canadá e o México foram isentos das últimas taxas de Trump porque ainda estão sujeitos a uma tarifa de 25% relacionada à crise do fentanil nos EUA para produtos que não cumprem as regras de origem EUA-México-Canadá.

Para definir as tarifas, Washington fez o seguinte cálculo: o déficit comercial do país dividido por suas exportações para os Estados Unidos, e depois dividido pela metade.

Veja a seguir a lista de países que começam a ser taxados e suas respectivas porcentagens

  1. África do Sul 30%
  2. Angola 32%
  3. Argélia 30%
  4. Bangladesh 37%
  5. Bósnia e Herzegovina 35%
  6. Botsuana 37%
  7. Brunei 24%
  8. Camarões 11%
  9. Camboja 49%
  10. Cazaquistão 27%
  11. Chade 13%
  12. China 104%
  13. Coreia do Sul 25%
  14. Costa do Marfim 21%
  15. Fiji 32%
  16. Filipinas 17%
  17. Guiana 38%
  18. Guiné Equatorial 13%
  19. Ilhas Falkland 41%
  20. Índia 26%
  21. Indonésia 32%
  22. Iraque 39%
  23. Israel 17%
  24. Japão 24%
  25. Jordânia 20%
  26. Laos 48%
  27. Lesotho 50%
  28. Libya 31%
  29. Liechtenstein 37%
  30. Macedônia do Norte 33%
  31. Madagascar 47%
  32. Malásia 24%
  33. Malawi 17%
  34. Maurício 40%
  35. Moçambique 16%
  36. Moldávia 31%
  37. Myanmar (Birmânia) 44%
  38. Namíbia 21%
  39. Nauru 30%
  40. Nicarágua 18%
  41. Nigéria 14%
  42. Noruega 15%
  43. Paquistão 29%
  44. República Democrática do Congo 11%
  45. Sérvia 37%
  46. Síria 41%
  47. Sri Lanka 44%
  48. Suíça 31%
  49. Tailândia 36%
  50. Taiwan 32%
  51. Tunísia 28%
  52. União Europeia 20%
  53. Vanuatu 22%
  54. Venezuela 15%
  55. Vietnã 46%
  56. Zâmbia 17%
  57. Zimbábue 18%

Na terça-feira (8) a secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt afirmou que cerca de 70 países entraram em contato com Washington para iniciar negociações para reduzir o impacto da política tarifária do presidente norte-americano Donald Trump.

Por outro lado, a União Européia iniciou conjunto de contramedidas contra as tarifas aplicadas pelos Estados Unidos sobre o aço e o alumínio. As propostas iniciais foram suavizadas — o bourbon norte-americano, por exemplo, foi retirado da lista — e também foi oferecido a Washington um acordo tarifário de “zero por zero”.

Enquanto a China reagiu impondo tarifas gerais equivalentes a 34% sobre importações dos Estados Unidos, além de estabelecer restrições à exportação de algumas terras raras.

A China também incluiu mais 11 órgãos norte-americanos na lista de “entidades não confiáveis”, o que permite a aplicação de sanções. O governo chinês afirma que irá “lutar até o fim” contra as tarifas.

CNN

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