Um adolescente de 14 anos manteve 30 crianças como escravas sexuais via internet no RN. Ele foi descoberto e apreendido. A informação foi dada na manhã desta sexta-feira (3) pela diretora do Departamento de Vulneráveis da Polícia Civil do RN, delegada Paola Maoués, em entrevista sobre a operação que frustrou um ataque contra escola no Rio Grande do Norte.
“Nós apreendemos há cerca de um mês um adolescente de 14 anos que fez 30 vítimas no RN. Essas 30 vítimas tinham que satisfazer a lascívia dele através de rede social e se automutilar, inclusive colocando o nome dele no corpo”. A entrevista foi dada à Rádio 94 FM.
A delegada aproveitou a oportunidade para fazer um alerta sobre esse tipo de situação. “A criança ou o adolescente, ele está mais introspectivo. Estamos no calor, no sol, né? No verão. O adolescente ou a criança começa a só usar calça e moletom. Não está esquisito? Olha para o corpo do teu filho. Olha para o teu filho, né? Ele está com manchas, ele está com cortes. isso é um grande sinal de que ele esta sendo aliciado virtualmente”, afirmou.
Paola Maoués também contou que, no caso do adolescente de 14 anos manteve 30 crianças como escravas sexuais via internet no RN, as vítimas tinham uma dependência tão grande de usar o celular que foi preciso a ajuda de psicólogos para ajudar a mãe e a filha. “É um fato novo. Nós, pais e mães, não fomos preparados para este tipo de situação. teremos que nos ajudar. Nos preparar. Observando os nossos e os dos outros”, explicou.
Com relação aos agressores, a delegada explicou que, em geral, os pais não acreditam no que está acontecendo. “O adolescente que está praticando fazendo vítimas, em rega, os pais não acreditam no que ele está fazendo. Todas as vezes que ouvimos os responsáveis, eles jamais conseguem acreditar. Até que nós mostramos tudo. Até que mostramos o conteúdo que é produzido por este adolescente’, contou.
Ela também explicou que esses adolescentes são, na maioria dos casos, introspectivos, preferem ficar em casa e tem um nível de inteligência acima do comum. “a partir do momento que a gente vê uma criança de 11 anos vendo vídeos pornográficos e ou determinando, chantageando, ameaçando outras crianças ou adolescentes a praticarem atos libidinosos na sua frente ou ainda se mutilar e dizendo para nós que sente prazer com isso, realmente é assustador”, disse.
Em outro ponto da entrevista, a delegada contou o caso de um adolescente de 13 anos que tinha escravos e escravas sexuais virtuais. “A pessoa só podia sair se ele autorizasse. Determinada hora tinha que estar na live, ou se cortando ou se automutilando e praticando atos libidinosos que ele determinasse. Os adolescentes já estavam em nível tal de ameaça que eles tinham que a todo momento que ele marcasse eles tinham que estar presentes satisfazendo a lascívia desse adolescente”, contou. Esse caso não foi no Rio Grande do Norte.
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Fonte: Robson pires
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