Fidel Castro, líder máximo do Governo de Cuba desde o processo revolucionário de 1959.
Muitos afirmam que o seu governo personalista, não inseriam nos ideários políticos de esquerda, entretanto, podemos ao menos afirmar que a trajetória desse líder politico e do seu governo representou uma singular experiência na história partidária cubana.
Candidato a presidênte, o então deputado por São Paulo Jânio Quadros, chegou em Havana/Cuba em 29/03/1960.
Foi recebido cm honras de Estado por Fidel Castro, alçado a autoridade máxima da revolução do ano anterior que derrubou Fulgêncio Batista.
O Embaixador Vasco Leitão da Cunha ofereceu a Jânio e a sua delegação uma recepção na embaixada brasileira com a presença de muitos refugiados que litaram quase todas as dependências.
Fidel Castro, que viajara 200 quilômetros, desde a Sierra Maestra para estar presente aquela recepção.
No corredor da embaixada Fidel, fez uma derradeira escala no lavabo para deixar sobre a caixa de descarga o o cinto com a pistola no coldre que completava o uniforme do guerrilheiro.
O Comandante foi um dos últimos a retirar-se, embarcou num Jipe pelotado por seu ajudante de ordens.
Reapareceu às cinco horas para buscar o que esquecera no lavabo, então descobriu que o cinto não estava mais lá.
O chefe do birô de investigação e o capitão Chico Figueiredo do serviço secreto, reclamando a lista com os nomes de todos que compareceram a recepção e deixando claro que Fidel exigia a devolução da arma no prazo de 24 horas.
Passados 48 horas, o autor da audaciosa gatunagem procurou Leitão da Cunha para propor o acordo: ele devolveria o produto do roubo se o dono não soubesse quem foi.
Leitão da Cunha só deixou escapar, muitos anos mais tarde que se surpreendeu com o inscrito na plaqueta de ouro incrustada no cabo da pistola: "Ao herói do povo cubano a amizade de Anastas Mikoyau".
CHICO TORQUATO
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