quarta-feira, fevereiro 5

Desafio: Bolsonaro zera impostos se governadores acabarem com o ICMS


Presidente Jair Bolsonaro está disposto a baixar preços dos combustíveis / Marcelo Camargo /Agência Brasil
O presidente Jair Bolsonaro disse hoje (5) que zera os impostos  federais sobre combustíveis se os governadores também zerarem a cobrança  do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). O preço  dos combustíveis vem sendo tema de debates entre autoridades dos  governos federal e estaduais.
Enquanto governadores querem que o governo reveja os impostos  federais sobre os combustíveis, como PIS, Cofins e Cide, Bolsonaro vem  defendendo uma mudança na forma de cobrança do ICMS sobre esses  produtos. O ICMS é um tributo estadual que representa uma fatia  importante de arrecadação tributária dos governo locais.
“Eu zero o federal se eles zerarem o ICMS. Está feito o desafio aqui  agora. Eu zero o federal hoje, eles zeram o ICMS. Se topar, eu aceito”,  disse ao deixar o Palácio da Alvorada na manhã desta quarta-feira. Para o  presidente, o tributo deveria ser calculado sobre o valor vendido nas  refinarias e não nos postos de combustíveis.
“Olha o problema que eu estou tendo com combustível. Pelo menos a  população já começou a ver de quem é a responsabilidade. Não estou  brigando com governadores. O que eu quero é que o ICMS seja cobrado no  combustível lá na refinaria, e não na bomba. Eu baixei três vezes o  combustível nos últimos dias, mas na bomba não baixou nada”, disse  Bolsonaro.
Os tributos federais incidentes sobre os combustíveis são a  Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide), o Programa de  Integração Social/Contribuição para Financiamento da Seguridade Social  (PIS/Pasep) e a Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social  (Cofins).
Em 2019, a arrecadação com PIS/Pasep, Cofins e Cide sobre os  combustíveis totalizou R$ 27,4 bilhões, segundo dados da Receita  Federal. Desse total, R$ 20,2 bilhões foi a arrecadação da Cofins, R$  4,3 do PIS/Pasep e R$ 2,8 bilhões da Cide. Em 2018, a arrecadação de  todas essas contribuições chegou a R$ 32,8 bilhões.
Nesta manhã, ao deixar o Ministério da Economia para reunião com  Bolsonaro, o ministro Paulo Guedes preferiu não se manifestar sobre o  assunto, ao ser questionado pela imprensa. O secretário especial de  Fazenda, Waldery Rodrigues, ao chegar ao Ministério da Economia, também  não fez comentários.
Fonte - Novo Notícias

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