A vida nos proporciona momentos indescritíveis e de complexa assimilação. Nossa Carnaubais perde um dos mais brilhantes violonistas da sua histórica cena boêmia.
Faleceu e será sepultado em Carnaubais José Maria Cabral, artisticamente conhecido como Zé Roseno, figura simples que lutou muito para sobreviver.
Quem tem a minha idade, certamente já ouviu muitos acordes do seu violão.
Zé Roseno não era um Dilermano Reis, exibia com muito orgulho seu dedilhar no pinho de estimação companheiro de todas as horas da sua trajetória.
Seu estilo tom de bêbado era impecável, tocava de ouvido as mais dificieis partituras, todo bregueiro que se respeitava admirava a sua incansável disposição, passando dia e noite, muitas vezes alegrando seus amigos em serestas noturnas ou farras de mesa de bar.
Neste contraponto faço a minha despedida deste grande artista. Não fui vê-lo nos seus intantes finais, não suportaria o sofrimento em que estava submetido.
Também não irei ao seu sepultamento para lhe dá o último adeus, gesto que faço nestas emocionais e sofridas palavras: Vá com Deus meu compadre, um dia com certeza nos reencontremos outra vez! A minha comadre Joana, Tiquinha minha afilhada, Dária sua outra filha, seus dois irmãos Vicente e Francisca, aos netos, sobrinhos, primos e demais parentes nosso apreço de consideração e saudades.
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