A logística e estratégias de segurança pública para conter os atos de vandalismo no Rio Grande do Norte começaram a ser traçadas pelo Governo do RN, através das Secretarias de Estado da Segurança e da Justiça e Cidadania, com os comandos do Exército e Marinha na noite desta segunda-feira (1º), em reunião liderada pelo governador Robinson Faria. No domingo, a Presidência da República autorizou o envio de 1.200 militares para reforçar a segurança e reprimir as ações criminosas que ocorreram em 21 municípios no estado.
A reunião, ocorrida no Gabinete de Gestão Integrada (GGI), que agrupa profissionais em ações de monitoramento, investigação e inteligência, contou com os secretários de Segurança Pública, Ronaldo Lundgren, da Justiça e da Cidadania, Wallber Virgolino, com o comandante-Geral da Polícia Militar, coronel Dancleiton Leite, e os comandantes da 7ª Região Militar em Recife e da 7ª Brigada de Infantaria Motorizada.
O governador Robinson Faria, que havia afirmado mais cedo em entrevistas que não recuaria da decisão de instalar bloqueadores de telefone celular nos presídios potiguares, reiterou que as ações ostensivas de repressão continuarão a ocorrer em vários pontos do estado, mas agora de forma mais intensa em virtude da participação dos militares.
“Essa parceria da força militar com os nossos policiais é essencial para esse momento que estamos enfrentando os bandidos. Discutimos aqui qual o papel de cada um, as responsabilidades, para definirmos a logística e garantir a volta da normalidade”, assegurou o governador.
O chefe do Executivo Estadual, que vem recebendo apoio massivo da população pela forma como vem conduzindo as ações, falou também da sensação de segurança para os cidadãos. “Já houve uma melhora da percepção de segurança. Os ataques estão diminuindo porque as facções criminosas estão perdendo força. As prisões estão aumentando, as investigações acontecendo e a sensação de tranquilidade voltando”, ressaltou.
Dentre as medidas contundentes adotadas pelo Governo e pontuadas pelo governador está, por exemplo, a remoção de cinco chefes de facções para o presídio federal em Mossoró. O objetivo é desarticular os grupos e impedir que sejam ordenados crimes de dentro das penitenciárias, como depredação do patrimônio público, explosões de caixas eletrônicos, arrastões e homicídios.
“Nós agimos rápido, como demanda a situação atual. Identificamos e removemos os líderes para que eles fiquem incomunicáveis e impedidos de emitir qualquer tipo de ordem. Esse foi um avanço e demonstra uma melhora no padrão de segurança. Não vamos recuar no combate à criminalidade”, disse o governador, garantindo que em até 90 dias bloqueadores de sinal de celulares serão instalados nas outras unidades prisionais do estado, todos adquiridos com recursos próprios.
Por Anna Ruth
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