sábado, dezembro 31

Partidos definem parâmetros para formação de alianças

A proximidade das eleições municipais de outubro de 2012 vem mobilizando  partidos políticos no caminho para a concepção de candidaturas e a formatação das alianças que definirão as coligações do pleito. Há recomendações aos diretórios municipais e estaduais de alguns dos principais partidos políticos, advindas das executivas nacionais, para que sejam lançadas candidaturas próprias. No interior do Rio Grande do Norte as composições devem seguir a regra da "viabilidade eleitoral". Esse cenário, porém, difere de cidades como a capital, onde já estão sendo externadas pré-candidaturas próprias, como é o caso de Hermano Morais, do PMDB; Wilma de Faria, do PSB; Carlos Eduardo Alves, do PDT; e Fernando Mineiro, do PT. Por outro lado, siglas como o DEM, o PSD e o PMN devem optar, em Natal, por compor parcerias preferenciais e estratégicas.
Aldair Dantas Henrique Eduardo Alves: empenho na candidatura própria
Henrique Eduardo Alves: empenho na candidatura própria
"Lançaremos candidatura própria depois de 20 anos chegou a vez do PMDB", afirmou o presidente estadual da legenda, Henrique Eduardo Alves. Como os peemedebistas já externaram o apoio ao nome escolhido pela governadora Rosalba Ciarlini (DEM) em Mossoró, as chances de uma dobradinha em Natal não estão sendo desconsideradas. "Fiquei numa saia justa com o senador [Garibaldi Alves] pedindo o apoio a Hermano Morais. Mas agora é colocar a casa e o  governo em ordem e só em falar em alianças políticas a partir do ano que vem", despistou Rosalba, durante encontro estadual do PMDB, em novembro. "Nós vamos fazer muitas dobradinhas nos municípios", emendou ela.
Se dos partidos da base do Governo apenas o PMDB lançou pré-candidato próprio já despontam três potenciais postulantes do pleito advindos da oposição. Dois deles - o ex-prefeito de Natal, Carlos Eduardo Alves, e a ex-governadora Wilma de Faria - figuram no topo das pesquisas eleitorais, com vantagem considerável para o primeiro. O pré-candidato do PT, o deputado Fernando Mineiro, não decolou em qualquer das análises que verificaram a preferência do eleitorado, mas ainda assim tem garantido que não abrirá mão de representar os petistas na disputa. Carlos Eduardo Alves tem cobrado reciprocidade do PT, que insiste num encontro somente em um suposto segundo turno. Correndo por fora, Wilma de Faria não atesta a candidatura própria em Natal, tem ponderado que necessita ajudar os correligionários do interior, mas admite que vem sendo cobrada pelos peessebistas para "aceitar o desafio". "Estou pronta", disse ela durante encontro do PSB, em agosto passado.
Literalmente uma incógnita quanto à participação ou não no próximo pleito, a prefeita de Natal, Micarla de Sousa, ainda não declarou se estará na campanha na condição de uma das protagonistas ou se de espectadora. "No momento tenho que pensar na administração, sei que estão ansiosos, mas não é hora de pensar em política". Até lá serão dez meses de diálogos intermináveis, articulações e negociações.
Mudanças de cenários abrem novas perspectivas
Os acontecimentos políticos ocorridos após a posse da governadora Rosalba Ciarlini terão inevitavelmente implicações diretas nas parcerias em 2012. Para começo de conversa, o presidente nacional do DEM, José Agripino Maia, já descartou composições com o PSD, um dos principais parceiros dos democratas na eleição passada, uma vez que o partido no Rio Grande do Norte remanesce do PMN do vice-governador. E para reforçar essa tese ambos os grupos já estão de qualquer forma em campos opostos  em virtude do rompimento já anunciado.
José Agripino é categórico: "Na hora que fizermos uma aliança com o PSD, nós estaremos emprestando nossa história a quem não tem história". E arremata: "eles pra lá e nós pra cá". A desavença já provocou a reação dos peessedistas. O deputado Fábio Faria, vice-líder do PSD no Câmara Federal, declarou que a legenda liderada por seu pai, o vice-governador Robinson Faria, fará oposição ao grupo apoiado pelo Governo do Estado. As declarações de Agripino também foram criticadas por lideranças do interior, como é o caso do presidente da Câmara Municipal de Mossoró, Francisco José Júnior, do PSD. "Com essa atitude desagregadora, José Agripino está esnobando um grupo político que deu mais de 300 mil votos à reeleição dele", disse o vereador. Ele afirmou ainda que a resolução nacional do PMN, que proíbe coligação com o PSD, não terá nenhum efeito na cidade de Mossoró. O pai do parlamentar municipal, Francisco José, continua nos quadros do PMN.
Fonte: Tribuna do Norte

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