Uma Força Tarefa continua empenhada na busca pelos dois foragidos da Penitenciária Federal de Mossoró, que já se estende por mais de um mês desde a fuga. Os fugitivos, identificados como Rogério da Silva Mendonça e Deibson Cabral do Nascimento, escaparam da unidade prisional na região oeste do Rio Grande do Norte no dia 14 de fevereiro, em um incidente marcante por ser o primeiro registrado na história do sistema penitenciário federal desde sua criação em 2006.
As investigações apontam que a fuga ocorreu durante a madrugada, quando a dupla teria arrancado a luminária da cela e alargado o buraco com uma barra de ferro, possivelmente retirada da estrutura de alvenaria do local. A ausência dos detentos só foi percebida mais de duas horas depois.
“Primeira pergunta é como essa barra de ferro chegou lá, segundo como é que isso foi feito”, questionou o corregedor Federal Walter Nunes. “Quem conhece as células ou já viu aí na televisão ter mostrado algumas imagens, a célula é toda de alvenaria, o banco, a mesa, o bojo, tudo é de alvenaria e só tem um colchão”.
Rogério e Deibson, ligados à facção criminosa do Comando Vermelho, estavam em celas de isolamento dentro da penitenciária. A polícia federal abriu um inquérito para apurar as circunstâncias do caso, não descartando a possibilidade de facilitação.
“É cada vez mais provável que a dupla não esteja mais no Rio Grande do Norte”, ponderou o especialista em segurança. “Estamos lidando com o Comando Vermelho, crime organizado que tem tentáculos por todo o Brasil. Podem estar plantando pistas falsas no local.”
Desde então, os foragidos têm se escondido na zona rural de Baraúna, contando com a ajuda de terceiros. Foram relatados casos de roubo e sequestro de uma família rural, além de cooperação de outros indivíduos na região.
“O sucesso que consideramos nessa Força-Tarefa é que os agentes de segurança estão mantendo os fugitivos encurralados”, explicou o Ministro Lewandovski.
Rogério, de 35 anos, já possui condenações que totalizam 74 anos de prisão, enquanto Deibson, de 33 anos, tem seu nome vinculado a mais de 30 processos e acumula uma pena de 81 anos. As autoridades intensificaram as medidas de segurança nos presídios federais após o incidente, incluindo o reforço dos protocolos de segurança e a construção de muralhas em algumas unidades.
Apesar da mobilização e dos recursos empregados na operação de busca, a recaptura dos fugitivos ainda não foi bem-sucedida. Especialistas em segurança alertam que é cada vez mais provável que a dupla já tenha deixado o Rio Grande do Norte, levantando hipóteses sobre possíveis falsas pistas deixadas para despistar as autoridades.
As buscas prosseguem sem data para encerramento, com a Força Tarefa mantendo uma presença ativa na região. No entanto, a demora na recaptura levanta questionamentos sobre a eficácia da operação e o custo envolvido, com muitos clamando por uma resposta concreta e rápida por parte das autoridades.
Ponta Negra News
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