Certa vez em Natal/RN, degustando um fatia de pizza no Beco da Lama, perguntei a uma artesã que vendia seu trabalho no bar: você é de onde? Ela respondeu sou terráquea.
Gostei da resposta e fiquei a refletir. Foi quando lembrei de um conto narrado pelo escritor de língua alemã Franz Kafka " A terra é nossa morada".
Não importa se você é Francês, português, americano, baiano, potiguar ou carnaubaense e se mora em Assu. Somos todos humanos, como dizia o grande Rui Barbosa: " A pátria não é ninguém; são todos: e cada qual tem no seio dela o mesmo direito a ideia, a palavra, a associação. A pátria não é um sistema, nem uma seita, nem um monopólio, nem uma forma de governo, é o céu, o solo, o povo, a tradição, a consciência, o lar, o berço dos filhos e o túmulo dos antepassados a comunhão da lei, da língua e da liberdade.
A característica predominante do artigo tem sido a tentativa de elucidar o sentido e o objetivo da história ou de descobrir as leis que regem o processo histórico, com base em algumas observações sobre a referida pergunta e a resposta da simpática artesã.
Para esse modesto rabiscador, na contemplação da narrativa, o único pensamento é a simples noção de que a vendedora tinha razão.
CHICO TORQUATO
Postado Por : Adilio Lacerda
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