quinta-feira, março 7

VERDE E ROSA - Mangueira vence carnaval do Rio pela 20ª vez

Escola de samba falou dos líderes da história do Brasil e homenageou Marielle
DESFILE DA MANGUEIRA NO CARNAVAL 2019 NO RIO DE JANEIRO. FOTO: TOMAZ SILVA/AGÊNCIA BRASIL
A Estação Primeira de Mangueira foi a vencedora do grupo especial das Escolas de Samba do Rio de Janeiro. É o 20º título da agremiação no carnaval do Rio. No enredo deste ano, a Mangueira trouxe “História para ninar gente grande” e homenageou a vereadora Marielle Franco, sendo ovacionada no sambódromo. A Mangueira já tinha ganho o Estandarte de Ouro neste ano. Na escala de pontuação, tirou 10 em quase todos os quesitos.
A Liga Independente das Escolas de Samba (Liesa) divulgou no início da tarde desta quarta (6) a ordem da leitura das notas. Primeiro foram abertos os envelopes do quesito evolução. Em seguida foram lidas, nesta ordem, as notas relativas à harmonia, mestre-sala e porta-bandeira, alegorias e adereços, comissão de frente, samba enredo, enredo, bateria e fantasias. A pior nota de cada escola é descartada.
A intenção do enredo da escola foi mostrar a participação de líderes populares que influenciaram a história do Brasil e não têm suas realizações contadas nos livros. Neles, personagens negros, índios, com destaque também para mulheres como a vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ), Maria Felipe Oliveira, que liderou a resistência aos portugueses na Bahia e Luiza Mahin, líder do levante dos Malês, de pessoas escravizadas.
No enredo, Alcione representou Dandara, a mulher de Zumbi dos Palmares. “Foi uma honra representar Dandara, uma líder das pessoas escravizadas”, afirmou.
A cantora Leci Brandão, que é mangueirense, disse ter sido tomada por um misto de sentimentos durante o desfile, pois foi homenageada e citada na letra do samba-enredo. “A gente entra para a ala dos compositores nos anos de 1970 e, em 2018, ter o nome no samba é pra gente chorar, uma emoção muito grande mesmo, principalmente porque vim representando Luiza Mahin”, afirmou a artista.
Mônica Benício, viúva da vereadora Marielle Franco, morta em março do ano passado, disse que foi um enredo urgente e atual. “Fala de representatividade, de resistência, e a Marielle sendo homenageada, ter ela hoje como símbolo de esperança é, sobretudo, uma emoção muito grande”, disse.
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