sábado, setembro 26

Bancários não aceitam reajuste de 5,5% e podem parar no dia 6


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Foto: Cléber Júnior / Agência O Globo
Os bancários não aceitaram a proposta de reajuste salarial apresentada pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban). Os trabalhadores queriam uma correção de 16%, dos quais 5,7% de aumento real. Mas o setor ofereceu 5,5% de correção, com R$ 2.500 de abono. De acordo com a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf), sem aumento real, categoria pode entrar em greve a partir do dia 6.
O Comando Nacional dos Bancários vai indicar a rejeição da proposta da Fenaban nas assembleias estaduais, que acontecerão nos dias 1º e 5. No dia seguinte, a categoria pode cruzar os braços como forma de rechaçar a proposta dos patrões.
“Depois de diversas rodadas de negociação, apresentamos uma série de dados que comprovam a viabilidade das nossas reivindicações e a federação dos bancos nos apresenta uma proposta com perda real, ignorando questões fundamentais para manter o emprego do trabalhador e melhorar as condições de trabalho da categoria”, afirmou em nota Roberto von der Osten, presidente da Contraf.
Também em nota, Juvandia Moreira, vice-presidente da confederação e uma das coordenadoras do Comando Nacional dos Bancários, disse que o índice de reajuste foi o pior já oferecido pelos bancos desde 2004 e que a Fenaban tem até o dia 1º para apresentar uma nova proposta.
“Perda real não é condizente com os resultados dos bancos, que tiveram lucro líquido de R$ 36,3 bilhões nos últimos seis meses. As instituições financeiras estão colocando a categoria em greve de forma irresponsável, ao mesmo tempo que cobram juros de mais de 400% no cartão de crédito, prejudicando toda a população”, afirmou Juvandia.
A pauta de reivindicações dos bancários foi entregue à Fenaban em 11 de agosto. Os dois lados se reuniram cinco vezes desde então para discutir emprego, saúde, segurança, condições de trabalho e igualdade de oportunidades e remuneração. De 2004 a 2014, a categoria conseguiu aumento real acumulado de 20,07%.
O Globo

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