quarta-feira, dezembro 18


Rosalba deveria nominar as "forças ocultas"

A governadora Rosalba Ciarlini (DEM) prestaria um grande serviço ao povo do Rio Grande do Norte se nominasse as "forças ocultas" que, segundo ela, impedem o desenvolvimento e atrapalham a administração dela.
Rosalba fez o desabafo em mais uma edição do seminário "Motores do Desenvolvimento", parceria do jornal Tribuna do Norte com várias instituições potiguares, realizado nesta segunda-feira (16), na Fiern.
A governadora, que não tem tido sossego para tocar sua gestão, deveria dar nome aos bois. O dela está na boca do povo como a pior governante do país, segundo pesquisa recente do Ibope - apenas 7% dos norte-rio-grandenses avaliaram o governo de Rosalba como ótimo e bom.
Portanto, por que esconder os nomes das "forças ocultas"? Eu tenho certeza que a governadora sabe quem está impedindo o desenvolvimento do Estado e atrapalhando sua administração.
Por que Rosalba fica apenas na defensiva? Por que não parte para o ataque?
Ela disse que as "forças ocultas querem colocar o RN para baixo. São pessoas que só mostram o que não presta, o que dá errado".
Quem são as forças ocultas que tiram o sossego da governadora Rosalba Ciarlini?
São os adversários políticos? É Dona Wilma? É o PT? É o vice-governador, coitado? É a imprensa? São os sindicatos dos servidores? Quem são as forças ocultas, governadora?
Rosalba citou ontem dois exemplos do pessimismo que enfrenta desde o início do governo: o novo aeroporto e a Arena das Dunas.
Segundo ela, as "forças ocultas" sempre colocaram em dúvida a entrega das duas obras e, no entanto, elas vão ser inauguradas em breve.
Rosalba, que governa por meio de uma liminar do TSE, tem certa razão quando reclama do pessimismo reinante no Rio Grande do Norte. Mas a impressão generalizada é que o Estado parou no tempo, andou para trás e perdeu espaço para vizinhos como a Paraíba, Pernambuco e o Ceará.
Diante da imagem negativa, o primeiro culpado é o governante de plantão. Se Rosalba der "nome aos bois" e identificar as "forças ocultas", talvez, ela consiga dividir responsabilidades. 
Por enquanto, ela segue sozinha na difícil missão de governar um estado cheio de problemas - a fuga dos ortopedistas do Hospital Walfredo Gurgel neste final de ano é o mais recente deles.

Nominuto

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