domingo, dezembro 21

Por que a reforma da Previdência foi considerada um feito do governo, mas foi ruim para a população

A reforma da Previdência é tratada como um feito do governo porque atendeu ao objetivo do próprio governo, não porque tenha sido boa para o povo. É aí que muita gente se confunde. Feito político não é sinônimo de benefício social.

Durante o governo de Jair Bolsonaro, a reforma foi defendida como prioridade econômica. O argumento era claro: reduzir gastos futuros, conter o crescimento da despesa previdenciária e melhorar a imagem fiscal do país diante do mercado e investidores.

Do ponto de vista do governo, a reforma foi positiva porque ajudou a equilibrar contas, deu previsibilidade ao orçamento e agradou o mercado financeiro. Isso é o que, tecnicamente, o governo considera um resultado “bom”.

Para a população, o efeito foi outro. A reforma aumentou a idade mínima, ampliou o tempo de contribuição e mudou o cálculo do benefício, fazendo muita gente trabalhar mais anos e se aposentar recebendo menos do que esperava.

Quem mais sentiu foram os trabalhadores mais pobres, quem começou a trabalhar cedo, quem teve salários baixos ou empregos pesados. Para essas pessoas, a reforma não significou estabilidade, significou mais dificuldade.

Então, quando se diz que a reforma foi um feito do governo Bolsonaro, o correto é entender assim: foi boa para o governo e para as contas públicas, mas não foi boa para o trabalhador comum. O governo atingiu seu objetivo. O povo pagou o preço.

Fonte:Kelly Maria 

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