- Quinta-feira, dezembro 09,2010
" Para lo único que sirves es para escribir"
A frase é da companheira de Vargas Llosa, Patrícia, e vem citada no seu discurso de recebimento do prêmio Nobel de literatura, na cerimônia realizada ontem, 08 de dezembro. Segundo a imprensa espanhola, o escritor chorou e fez todos chorarem.
Não que tenha feito um discurso-drama mexicano, mas Llosa soube articular questões literárias, pessoais e políticas, num mundo caudaloso e sobretudo de denúncia social. E qualquer um que tenha alguma sensibilidade, ante as palavras do autor de Conversa no Catedral estará a beira do choro, sobretudo quando com as passagens em que o peruano fala da literatura, de sua importância para a história da humanidade, para a nossa existência e a sua existência.
A evocação do sentido pata a literatura, a denúncia forte aos imperialismos da política e da religião, e mais que tudo um sonho ainda vivo de uma América e um mundo no exercício pleno da palavra liberdade.
É este um discurso histórico, realmente! Llosa soube engendrar com maestria os limites da emoção - entre um abismo para a lágrima e um outro para acidez da revolta.
CHICO TORQUATO
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