quarta-feira, abril 30

"ANISTIA DO STF": BOLSONARO SE IRRITA COM SILÊNCIO DE TARCÍSIO E GOVERNADORES QUE SÃO PARTE DO PACTO



Fabricando bizarrices dentro da Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) do Hospital DF Star para aparecer nas redes sociais, Jair Bolsonaro (PL) parece ser o último a saber do grande acordo que o descartou totalmente do cenário político para alçar seu ex-ministro e governador de São Paulo, Tarcísio Gomes de Frente (Republicanos) como candidato da terceira via para enfrentar Lula nas eleições de 2026.


O ex-presidente estaria irritado com o silêncio de Tarcísio e de outros governadores que estivaram no ato pelo PL da Anistia na avenida Paulista diante da negociação entre o Senado e o Supremo Tribunal Federal (STF) na proposta de uma "anistia sem Bolsonaro".


A proposta negociada por David Alcolumbre, presidente do Senado, com ministros da corte, tem como objetivo reduzir penas dos golpistas condenados pelo 8 de Janeiro sem alterar, no entanto, a punição entre as lideranças da tentativa de golpe, como o ex-presidente e os militares do "núcleo crucial" da organização criminosa, que já estão sendo julgados pela primeira turma do Supremo.


Esse grande acordo, que une além do Senado e STF, o centrão, a mídia liberal e a Faria, enterra o PL da Anistia e, consequentemente, a possibilidade de Bolsonaro reverter a inelegibilidade e sair candidato em 2026. Tarcísio é o favorito para assumir o posto de candidato anti-Lula que coube ao ex-presidente em 2022.


Segundo Bela Megale, no jornal O Globo, Bolsonaro e aliados próximos estariam irritados principalmente com o silêncio dos governadores aliados com a atitude de Hugo Motta (Republicanos-PB) de por fim à tramitação do regime de urgência do PL da Anisita, que será engavetado. "Um dos silêncios que mais têm incomodado é o do governador Tarcísio de Freitas (São Paulo), que chegou a discursar nos dois atos pela anistia", escreve a colunista.

 

Último a saber


Tarcísio, governador de São Paulo, assim como Ratinho Jr. (PSD), do Paraná; Ronaldo Caiado (União), de Goiás; e Romeu Zema (Novo-MG), de Minas Gerais, estiveram no ato da Paulista e são alvos da ira de Bolsonaro.


No entanto, os quatro fazem parte do grande acordo, articulado pelo ex-presidente golpista Michel Temer (MDB), para enterrar Bolsonaro e unir a direita em torno de um projeto anti-Lula em 2026.


Temer se elevou das catacumbas da burguesia paulista para aglutinar forças no Centrão, Faria Lima, Forças Armadas e mídia liberal e ressuscitar um velho projeto que alimenta a sanha de endinheirados do Brasil.


Temer se reuniu com os quatro governadores e pregou sobre a importância de unificar a direita - sem Bolsonaro - para fazer o enfrentamento a Lula.


A proposta foi batizada por ele como "Movimento Brasil", na prática uma releitura do programa Uma Ponte para o Futuro, criado nas hostes do MDB em 2015, baseado em uma série de preceitos neoliberais para destruir projetos sociais e entregar as riquezas do país, como o petróleo, nas mãos dos financistas. Logo após o impeachment, Temer chegou a admitir que o golpe contra a presidenta se deu porque ela se recusou a adotar a cartilha.


No novo levante, Temer propôs aos governadores que, após o descarte de Bolsonaro, eles sigam com suas pré-candidaturas à Presidência e seria estipulado um prazo para definir quem encabeçará a chapa, baseado em pesquisas. Tarcísio é o favorito da Terceira Via e, em especial, da Faria Lima em razão da privataria selvagem imposta por ele em São Paulo.

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