sexta-feira, maio 24

“Não querem que Paulinho seja um candidato de centro”, diz Agripino

 

Com a confirmação da pré-candidatura de Paulinho Freire (União Brasil) para a Prefeitura de Natal, partidos como PL, Republicanos, Podemos e PSDB já anunciaram apoio ao pré-candidato e, no cenário político da capital potiguar, se iniciam discussões sobre a postura de Paulinho diante da atual polarização política presente no país. Presidente do União Brasil no RN, o ex-senador José Agripino diz que, apesar dos adversários de Paulinho criticarem o apoio do PL, o pré-candidato não representa direita ou esquerda, mas o centro.

“As pessoas que dizem que Paulinho é de A ou de B e não é de centro são pessoas que querem desmerecê-lo”, afirmou, em entrevista ao AGORA RN, completando que a polarização no cenário político “não levará a nada”. Agripino acredita que a principal motivação por trás das afirmações de que Paulinho Freire faz acenos ao bolsonarismo estão ligados ao desejo de “desmerecê-lo”.

E continuou: “ele pratica as coisas boas da esquerda e pratica as coisas boas da direita”. Agripino defende que o União Brasil é um partido de centro, “até pela criação partidária dele e pelas convicções dele [ele é de centro]. Isso não impede pessoas de esquerda, pessoas que queiram candidatos com bom conceito, pessoas de direita com os valores de família de votar nele”.

E destacou, ainda, que a “prática de vida” de Paulinho Freire propõe que ele não se identifique com nenhum dos lados da polarização política que se discute no Brasil. “Ele não é preso a nenhum pensamento ideológico sectário. É porque não querem que ele seja um candidato de centro, um candidato de mente aberta”, defendeu.

O pré-candidato, por sua vez, teve falas que confirmam as afirmações de José Agripino. Em entrevista recente à 98 FM, o deputado federal disse que se identifica como “centro-direita” e que nunca foi extremista.

“Quem conhece minha história política e faz uma análise sabe que eu sempre fui de centro e mais à direita. Nunca fui extremista em nada na minha vida, porque eu acho que temos que dialogar, seja com quem for. Eu, em 40 e poucos dias que maioria dos eleitores vai se concentrar no debate sobre assuntos locais, e não sobre a política nacional”, disse.

Ele destacou, também, que as eleições terão foco nos problemas que os municípios enfrentam hoje. “A eleição vai tratar de assuntos pertinentes aos municípios, dos problemas dos municípios. Claro que, em alguns pontos, você chega e ‘ah, vou votar no candidato de Lula’, ‘ah, vou votar no candidato de Bolsonaro’. Mas a maioria das pessoas não está interessada nisso, está interessada nos problemas da cidade. Em debater, discutir, saber como vão ser resolvidos os problemas da comunidade dela. Isso (apoios) não vai ter uma influência tão grande”, completou o pré-candidato.

Agora RN

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