Apoiadores de Bolsonaro tentam acordo para comandar pelo menos um colegiado
Bolsonaristas recuam
Inicialmente, os bolsonaristas diziam que disputariam os principais colegiados no voto, mas internamente alguns já admitem desistir dessa estratégia, visto que uma derrota imporia um novo desgaste ao grupo. Eles dizem agora que o melhor cenário é tentar ficar com as comissões menos concorridas. O PL mira, por exemplo, o comando da Comissão de Infraestrutura, que seria entregue ao senador Wilder Morais (PL-GO).
Marinho, que é líder da oposição, pondera que a tentativa de excluir o grupo bolsonarista poderá acarretar em dificuldade de votar projetos importantes do governo.
— Eu não tenho dúvida que o bom senso vai imperar. Essa é uma casa de parres. Dentro do Parlamento, a dificuldade de convivência é dificuldade de votar matérias que são importantes para o próprio governo – disse ele.
As comissões mais disputadas já estão negociadas. A de Constituição e Justiça (CCJ), por onde passam praticamente todas as propostas em tramitação na Casa, deve ficar com o senador Davi Alcolumbre (União-AP), enquanto que a de Assuntos Econômicos (CAE) e de Relações Exteriores (CRE) deverão ser comandadas por PSD e MDB, respectivamente .
O líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), não descarta uma reviravolta na reta final.
— Daqui até quarta-feira, obviamente, na política muita coisa pode acontecer. Em princípio, há um sentimento do bloco de Pacheco de ficar com as presidências (das comissões), mas foi feito esse apelo de alguns integrantes da oposição para se rediscutir — diz, sem sinalizar qual devera ser o desfecho do impasse.
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