Vasculhando as prateleiras da memória, resgato algumas lembrança do tempo em que, no exercício do magistério, tinha matriculado na caderneta de chamada da Escola Estadual Adalgiza Emídia da Costa, estes dois ex- alunos, nos meados da década de oitenta (80).
Manoel Benevides de Oliveira Júnior (Benefraco) e Carlos Antônio de Melo (Gordo), tinham semelhanças e contradições bastante visíveis. Júnior de Manoelzinho, vinha de uma escola de sonhadores pelo o poder, aprendizado, que fez de tudo para colocar em prática nos dias atuais.
Nas conversas de roda da turma, Júnior sempre revelava o desejo de ser prefeito.
O gordo nunca aceitou calado aquele tipo de pensamento do conterrâneo, retrucava com seu jeitão sisudo e inteligente: Não duvido, mas, tenho certeza que serás um prefeito ruim.
Tudo bem, os anos se passaram e o sonho do menino de dona Gilda se realizou.
Nas curvas e atalhos do destino conseguiu ser prefeito, num primeiro momento, sem ter sido votado para isso.
O interessante é que o "Gordo" em nenhum momento se deixou levar na conversa pelo o conterrâneo, sempre manteve um pé atrás, sem confiar no herdeiro dos Benevides, com mistura sanguínea de Cavalcante.
Todavia, nunca deixou sua cordialidade de amigos de infância de lado, mantendo sempre um dedinho de prosa com o companheiro de sala de aula.
No carnaval de 2015, lá na barraca de TIM, no rio Açú, o pré candidato da eleição suplementar aproximou-se do "Gordo" com largo sorriso, fazendo de imediato alguns paparicos. Ofereceu bebida e outras cortesias enganadoras.
Estávamos de lado observando a cena, quando ouvi o "Gordo" em tom sério e sem deboche lhe responder o seguinte: Júnior ti conheço desde menino, tu está todo bonzinho porque é um prefeito emprestado, tu vai mostrar tuas ruindade mesmo, quando ganhar esta eleição.
Fiquei estarrecido com o que ouvi, mas, agora entendo que o filho do saudoso Chico Garajau, tinha plenamente razão.
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