Envolvimento na “Operação Sinal Fechado” coloca José Agripino em situação contraditória
Há uma semana o senador José Agripino, presidente nacional do DEM, deixou a condição de pedra para a de vidraça. O mundo dele caiu quando se viu denunciado pelo empresário George Olímpio, delator da "Operação Sinal Fechado".
O parlamentar é acusado de receber um milhão de reais para usar na campanha eleitoral em troca de convencer a então governadora RosalbaCiarlini, na época aliada, a manter a inspeção veicular acertada nas gestões de Wilma de Faria e Iberê Ferreira de Souza, ambos do PSB.
A informação teve repercussão em rede nacional através de reportagem do programa “Fantástico”. O senador confirmou o encontro com George Olímpio, mas negou ter recebido dinheiro do empresário para usar na campanha.
Mas, uma gravação de conversa entre o delator e o já falecido ex-deputado federal João Faustino mostra que havia um acerto.
Um dia antes dessa gravação vazar, Agripino tinha um pronunciamento marcado no Senado. Ele iria abordar o assunto, mas foi aconselhado pelos líderes da oposição a não se manifestar até que as gravações fossem divulgadas.
A semana terminou e Agripino preferiu adotar o silêncio. Não se manifestou a respeito das novas gravações.
As denúncias atingem um dos principais críticos dos governos do PT. Por muito tempo, Agripino foi a principal voz do DEM no Congresso Nacional.
Agora ele está em situação contraditória e com dificuldades para denunciar os escândalos de corrupção do PT. O parlamentar está enfraquecido.
Isso acontece justamente no momento em que as denúncias da “Operação Lava Jato” se aprofundam ainda mais.
Bruno Barreto
Editor de Política
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