Em clima de emoção, 'Esquenta!' homenageia dançarino morto
Regina Casé e atrações do programa lembram personalidade de DG.
Convidados chegaram às lágrimas.
Regina Casé e a Maria de Fátima, mãe de DG, choraram e se abraçaram na abertura do programa (Foto: Tv Globo / Reprodução)
O programa 'Esquenta!", da TV Globo, que foi ao ar neste domingo (27) homenageou o dançarino Douglas Rafael da Silva Pereira, morto na terça-feira (22) após levar um tiro no Morro Pavão-Pavãozinho, Zona Sul do Rio. A apresentadora Regina Casé falou sobre a dificuldade de gravar o programa após o enterro de Douglas, e vários convidados do programa choraram em diversos momentos.
"Hoje infelizmente não conseguimos por no ar um programa lindo porque um dos nossos dançarinos, talvez o mais alegre, o mais querido pelas crianças, foi brutalmente assassinado com um tiro pelas costas", afirmou.
"A maior violência que tem é a impotência. Parece que tem tanta coisa para fazer que não dá pra fazer nada. Temos que dar um jeito de quebrar essa impotência", acrescentou a apresentadora, antes de chamar o MC Bob Rum, que cantou o funk 'Era só mais um Silva', sucesso dos anos 90 nos bailes do Rio, em referência a um dos sobrenomes de DG. Nesse momento, o próprio cantor e a mãe de DG, Maria de Fátima Silva Pereira, foram às lágrimas, assim como Regina e diversos convidados.
Durante o programa, o Bonde da Madrugada, grupo do qual o dançarino fazia parte, fez coreografias especiais e uma música lembrando o amigo morto. "A gente vai lugar pelo sonho do DG, que era fazer com o que o bonde seja conhecido internacionalmente. Vamos dançar por ele", disse um dos integrantes, muito emocionado. "Com nosso DG no céu, até os anjos vão dançar", cantou, depois.
No palco, o programa contou ainda com a presença dos familiares do dançarino e também de personalidades como Preta Gil, Carolina Dieckmann, Leandra Leal, Leandra Leal, a cantora gospel Bruna Karla e a dupla de funkeiros Cidinho e Doca. O programa trouxe também vídeos de bastidores do 'Esquenta!' com o Douglas, além de depoimentos gravados de nomes como os apresentadores Jô Soares, Luciano Huck, Sérginho Groisman, entre outros.
Douglas, conhecido como DG, de 26 anos, teve o corpo encontrado numa creche. Inicialmente a polícia afirmou que a morte poderia estar relacionada a uma queda, mas depois foi divulgado laudo indicando que Douglas tinha levado um tiro, que atravessou seu corpo da região lombar ao ombro. A mãe do dançarino, Maria de Fátima da Silva, acredita que ele foi torturado por policiais antes de morrer.
No dia da morte de Douglas, uma grande manifestação nos arredores do Pavão-Pavãozinho terminou com mais uma pessoa morta, Edilson da Silva dos Santos, de 27 anos, baleado no rosto.
Fonte: G1 Rio
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