CARLOS CHAGAS
A crise vem em ondas, como o mar. Depois do líder Eduardo Cunha e da maior parte da bancada na Câmara, quem acabou de declarar guerra ao governo, no PMDB, foi o deputado Henrique Eduardo Alves. Seu rompimento com Dilma e o PT foi marcado por contundente entrevista aos jornais, ontem, quando anunciou a disposição de votar projetos nitidamente contrários aos interesses do palácio do Planalto. A coincidência é que no final de semana ele formalizou sua candidatura ao governo do Rio Grande do Norte. Uma iniciativa capaz de selar sua aliança com a bancada, pois abre as portas para a candidatura de Eduardo Cunha à presidência da Câmara.
É guerra mesmo, expressa na frustração da análise do deputado potiguar a respeito da participação do PMDB no ministério: antes, no governo Lula, o partido dispunha da Saúde, da Integração Nacional e das Comunicações, entre outras pastas, como expressões de pujança orçamentária. Agora, ficou com Turismo e Agricultura, além de Minas e Energia, Previdência Social e Aviação Civil.
Engana-se quem supuser o armistício por conta do renovado apoio do PMDB à reeleição da presidente Dilma. Esse será o último elo da cadeia a se desfazer, apesar dos esforços do vice-presidente Michel Temer. Antes, já começaram as defecções nas sucessões estaduais, diante da inviabilidade de muitos acordos com o PT, a exemplo do Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Pernambuco, Bahia, Maranhão e outros. Junte-se a decisão do PT de derrotar José Sarney, no Amapá, impedindo mais uma sua reeleição.
Sempre será possível imaginar os peemedebistas fazendo jogo de cena para obter mais ministérios e espaços na administração federal, mas, pelo jeito, Dilma não parece disposta a maiores concessões, enquanto o tempo vai passado. Conclui-se estarem as relações entre eles onde se encontram há semanas: em estado de deterioração.
EM TORNO DOS ESTÁDIOS
Dá-se como certa a presença das forças armadas em torno dos estádios onde se realização jogos da copa do mundo, empenhadas em garantir a tranquilidade das multidões que demandarem os espetáculos. Dúvidas ainda existem, porém, sobre o deslocamento de soldados do Exército, Marinha e |Aeronáutica para o centro das favelas onde o tráfico de drogas trava batalha contra a Polícia Militar do Rio. Nas periferias, pode ser, mas no meio das vielas onde os carros de combate não conseguem passar, fica difícil.
Fonte; Diário do Poder
Fonte; Diário do Poder
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