A decisão sobre uma possível candidatura a senador do ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, nas eleições, em outubro deste ano, deverá sair em fevereiro. Pelo menos é o que diz nota divulgada pelo ministro, na qual negou informações veiculadas no “Correio Brasiliense”, publicadas no domingo (23), nas quais o vice-líder do governo Bolsonaro na Câmara Federal, deputado Evair de Melo (PP-ES), dizia que Rogério Marinho permaneceria na pasta em favor de uma candidatura ao Senado da República do ministro Fábio Faria (Comunicações).
Ministro Rogério Marinho garante que está mantida a pré-candidatura a senador
A nota do ministro Rogério Marinho divulgada através de sua assessoria, diz que “são falsas as afirmações publicadas no Jornal Correio Braziliense, e repercutidas na imprensa e blogs locais”, de que ele “tenha decidido deixar a pré-candidatura ao Senado”.
Segundo a nota, o ministro do Desenvolvimento Regional “não foi procurado pela reportagem e não fez qualquer manifestação neste sentido, também não autorizou qualquer deputado a falar em seu nome”.
“A decisão sobre a disputa ao Senado no Rio Grande do Norte será tomada em conjunto com o presidente Jair Bolsonaro no próximo mês”, indica a nota.
Existe uma expectativa que o tema das pré-candidaturas do Bolsonarismo no Estado, principalmente com relação às chapas majoritárias (governo e senado) seja discutido com o próprio presidente Jair Bolsonaro (PL), por ocasião de sua visita a Jardim de Piranhas, na região do Seridó, onde, no dia 09 de fevereiro, assiste a chegada das águas de transposição do rio São Francisco no Rio Grande do Norte.
Antes, em entrevistas a jornais, rádios e TVs de Natal, os ministros Rogério Marinho e Fábio Faria vinham dizendo que uma conversa definitiva entre os dois deverão ocorrer no fim de março, pois no dia 2 de abril, seis meses antes das eleições, termina o prazo para eventuais candidatos a cargos eletivos deixem suas funções no Executivo.
O presidente Jair Bolsonaro já havia abordado essa discussão no dia 18, numa emissora de TV de Currais Novos, quando afirmou que não vai intervir candidaturas nos Estados, embora o próprio Marinho já tenha declarado, que no caso de um impasse político entre ele e Faria, poderá recorrer a uma intermediação presidencial: “Vai chegar o momento em que aquele que tiver em melhores condições será o candidato a senador”. “Se isso não ocorrer, vai precisar da arbitragem ou da mediação de quem lidera o nosso político, isso é o que diz a racionalidade”, afirmou Marinho.
Na TRIBUNA do dia 16, Fábio Faria afirmou que o presidente da República já disse que não iria se meter. “Em nenhum momento, estou buscando tirar Rogério Marinho, pedindo o apoio do presidente e nem condicionando nada. Estou fazendo apenas o meu papel, trabalhando para fazer aquilo no qual acredito. E a população, com o tempo, é quem decide, a gente não decide o que quer ser, a gente escolhe que quer ser candidato, mas quem elege é o povo”.
O presidente reconheceu, na entrevista do dia 18, que, os ministros Rogério Marinho e Fábio Faria devem chegar a um acordo porque “se os dois disputarem o mesmo cargo, fica muito difícil algum deles chegar a uma vitoria nas urnas”.
Bolsonaro chegou a dizer, que caso seja reeleito, pretende continuar com os dois, Rogério Marinho e Fábio Faria, na Esplanada dos Ministérios.
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