terça-feira, outubro 27

Ex-marqueteiro do PT: Bolsonaro é "fenômeno eleitoral" e "Ele não" foi erro

 

O publicitário João Santana, em entrevista ao Roda Viva da noite desta segunda-feira (26), analisou a eleição de Jair Bolsonaro (sem partido) em 2018 e afirmou que, embora o presidente seja, sim, um "fenômeno eleitoral", ele não contrariou lógicas de campanha, mesmo com apenas 18 segundos de propaganda eleitoral gratuita na TV.

Ele citou um exemplo de exposição contínua com a facada sofrida pelo então candidato enquanto cumpria agenda em Juiz de Fora (MG), a um mês do primeiro turno, e também a campanha "Ele não", que manteve o nome do candidato em alta no noticiário.

"Ele começa o horário eleitoral com 20%, entra e tem a maior exposição possível por causa do absurdo trágico e abominável que foi o atentado contra a vida dele. Depois ainda tem, vai ficar polêmico, ainda tem um erro tático: o "Ele não". Aí ele vai para o segundo turno e a exposição é igual, foi esse fenômeno", disse João Santana.

O publicitário enumerou outras questões, como o fato de Lula, então considerado o candidato mais forte, ter sido preso e apresentar candidatura indeferida. Ele também mencionou a escolha de Geraldo Alckmin (PSDB) como "pior candidato" que o partido poderia colocar.

"Bolsonaro desde 2010 estava se mexendo, era uma máscara estranha em busca de um tempo estranho. Em 2016, ele começa a fazer campanha, ele se torna o primeiro candidato independente da história politica brasileira porque não tinha partido, não tinha amarras internas, começa a fazer campanha com uso muito inteligente das redes sociais e aproveitando toda a onda anti-petista", acrescenta João Santana.

Essa foi a primeira entrevista concedida por ele desde a sua prisão, em 2016, após ser condenado pela operação Lava Jato. João Santama foi responsável pelas campanhas presidenciais de Lula (2006) e Dilma Rousseff (2010 e 2014).

Com informações de UOL

Fonte: Portal Grande Ponto

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