Francisco Ângelo da Costa, nasceu em Assu, filho de Daniel Ângelo da Costa, sapateiro e artista, descendente de uma linhagem de mestres mamulengueiros, era dessas sumidades incontestáveis.
E, dá-lhe risadas com as histórias de temáticas religiosas e piadas populares, transformadas em gracejos educativos, momentos deliciosos que poderiam ser degustados em qualquer lugar, onde o " Paninho de Palco ", pudesse ser montado.
Em praças públicas ou teatros, em farras ou festivais, já vinha Chico Daniel com sua indefectível mala abarrotada de bonecos ( Mamulengos, fantoches, títeres) - cerca de 40 personagens - prontos para aprontar.
Quem de nossa geração não se divertiu com as trapalhadas do negro Baltasar, com as ordens descabidas e absurdas do Capitão João Redondo, que fazia de tudo para manter as aparências para o padre Biapino, as bordoadas, piadas interrompidas por risadas do próprio boneco que por si já era outra piada. Sem falar na parábola da música Jesus Cristo.
Pronto para mais uma apresentação, perguntou se todos já tinham se arrumados porque ele já estava pronto. " Tem mosquito, tem mosquito, tem mosquito, não posso dormir! Olho pro céu e vejo uma nuvem preta de urubu! Olho pro chão e vejo um grupo(Glup) Coca-Cola (...), outras rimas que nunca eram pronunciadas!!
Em março de 2007, Chico Daniel deixou saudades, fãs e personagens como Baltasar filho adotivo do Capitão João Redondo.
Pouco depois um ataque fulminante no coração derrubou nosso Chico Daniel, que sabia que tinha problemas cardíacos e seguia a risca todas as recomendações médicas.
CHICO TORQUATO
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