O presidente Jair Bolsonaro vai anunciar na próxima terça-feira (1º) os detalhes da prorrogação do auxílio emergencial. A informação foi confirmada pelo líder do PP na Câmara, Arthur Lira (AL). No mesmo dia também serão apresentados a líderes partidários aliados do governo os detalhes do Renda Brasil, reformulação do Bolsa Família.
O Congresso em Foco confirmou com um senador aliado do governo que o desejo de Bolsonaro é prorrogar o auxílio até dezembro com o valor de R$ 300. O Renda Brasil ainda não vai ser anunciado publicamente nos próximos dias, a ideia é ajustar um texto de consenso com o Congresso antes de fechar o conteúdo.
Bolsonaro já havia dito que o valor do auxílio não continuará nos atuais R$ 600. A equipe econômica do governo sugeriu o valor de R$ 200, mas Bolsonaro quer que seja mais. Pelas regras atuais, o auxílio emergencial acabará no dia 31 de agosto, na segunda-feira.
Para ter validade imediata, o governo precisa enviar uma medida provisória definindo os novos valores. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou que vai colaborar com o governo e fazer com que o valor sugerido seja validado.
O Renda Brasil, que também será apresentado para líderes na terça, é uma reformulação do Bolsa Família com mais beneficiários e um valor maior. Bolsonaro não ficou satisfeito com a proposta enviada por Guedes no início desta semana e externou isso na quarta-feira (26), desautorizando o ministro na ideia de corte do abono salarial.
A equipe econômica busca alternativas de fonte de financiamento para ampliar o Bolsa Família. A intenção é que o valor do Renda Brasil, que vigoraria em janeiro de 2021, seja igual a da prorrogação do auxílio emergencial, que acabaria em dezembro de 2020, mas talvez possa ficar menor que os R$ 300 da prorrogação do auxílio. O governo trabalha com intervalo de R$ 250 a R$ 300.
Guedes tem manifestado o desejo de vincular o Renda Brasil à proposta de emenda à Constituição (PEC) do Pacto Federativo, relatada pelo senador Márcio Bittar (MDB-AC), que também é relator do orçamento de 2021. A PEC determina corte de despesas obrigatórias, com medidas como diminuição no salário de servidores, o fim do reajuste pela inflação das despesas com a máquina pública e o fim de gastos mínimos com saúde e educação.
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