Deputado estadual Souza cobra recursos de suas emendas para o Tarcísio Maia e critica o Governo do Estado
Deputado estadual Souza cobra recursos de suas emendas para o Tarcísio Maia e critica o Governo do Estado
Veja abaixo, discurso feito pelo Deputado Manoel Cunha Neto (PHS), "Souza", hoje na Assembleia Legislativa:
Senhor presidente, colegas deputados, cidadãos presentes nas galerias e quem nos acompanha pela TV Assembleia.
Uso a palavra nesta tribuna, para manifestar profunda decepção com o envolvimento do meu nome numa pendenga política e, talvez pessoal, entre o governador Robinson Faria e seu principal aliado no interior do estado, o prefeito de Mossoró, Francisco José Júnior.
Fui instado pelo governador a apontar um nome de formação técnica para o estratégico cargo de direção da 12ª Diretoria Regional de Educação (DIRED), com sede em Mossoró.
Deixei claro que não tinha interesse em nomear ninguém, para cargo algum. Minha prioridade era que ele liberasse as emendas no valor total de R$ 1,8 milhão para o Hospital Regional Tarcísio Maia (HRTM) concluir obra física imprescindível para a cidade e mais de 50 municípios na região.
Quero ressaltar, que nunca qualquer deputado de Mossoró ou região tinha destinado todas as suas emendas para o Tarcísio Maia. Sou o primeiro, por entender sua importância fundamental à saúde da região.
Quero lembrar ainda, que meu apelo não é um favor, mas obrigação do Governo. As emendas não são propositivas apenas, elas são impositivas. O Governo tem o dever legal e moral de liberar esses recursos.
Há meses que apelo em discursos aqui, através de entrevistas, em audiências com o então secretário da Saúde, Ricardo Lagreca, além do próprio governador. Mas até aqui Mossoró e região continuam pedindo e até implorando que esses recursos sejam liberados. Tudo em vão.
Mas voltando ao assunto nuclear da minha fala, registro aqui minha decepção com o que ocorreu nas últimas 24 horas. Sugeri o nome da assistente social, ex-dirigente da Fundac em Mossoró e com larga experiência em outros cargos no serviço público, Lenilce Machado, para a Dired.
Antes disso, ponderei se isso não causaria embaraços para o prefeito Francisco José Júnior, haja vista que dona Rina Márcia, a diretora, é sua sogra. Foi garantido que não. O próprio líder do PSD, deputado Galeno Torquato, foi-me claro: "Se você não indicar, eu o farei!”.
Tudo bem. Fiz a indicação.
Mas 24 horas depois, no mesmo Diário Oficial do Estado é revisto o que o governador fez ontem. Volta Rina Márcia. É desfeita a nomeação de dona Lenilce Machado.
Os dois atos são prerrogativas do governador. A ele cabe nomear e "desnomear". Só não entendo o uso do meu nome nesse episódio. Apresentei uma sugestão em nome do interesse público. Dona Lenilce Machado não é minha correligionária, não votou em mim, mas no próprio prefeito Francisco José Júnior.
Se existe abalo no relacionamento político e pessoal entre governador e prefeito, que resolvam entre si. Volto a dizer que não entendo por que fui envolvido nesse caso lamentável, que inclusive produz outras consequências.
Como já afirmei em várias entrevistas e aqui no plenário, "não sou deputado governista nem oposicionista". Fui eleito para ser deputado do povo do Rio Grande do Norte e não do governador ou de opositores dele.
Continuarei exercendo esse papel aqui e no dia a dia, indo às secretarias, empresas públicas e autarquias do Estado, intermediando pleitos da coletividade, principalmente da minha região.
De novo, volto a pedir e apelar, com apoio dos demais colegas de Casa, que o Governo do Estado cumpra seus compromissos com Mossoró e região. O isolamento a que somos submetidos, não prejudica apenas ao prefeito, aliado do governador. Que se entendam se for o caso.
Peço que atenda ao nosso povo, cumpra com a palavra empenhada em campanha e reiterada para mim, no caso da liberação de recursos legais e destinados por mim, para o Tarcísio Maia.
É só.
Espero que esse episódio me envolvendo termine aqui. De minha parte, o respeito sempre; o equilíbrio sempre. Jamais a deselegância e o descompromisso.
Muito obrigado.
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