sábado, julho 12

RN é superavitário com os EUA e pode ser prejudicado por taxação celebrada por bolsonaristas potiguares


Sal do RN alavanca balança comercial (Foto: Canindé Soares)

Em 2025 o a balança comercial do Rio Grande do Norte está superavitária em relação aos Estados Unidos conforme números divulgados pela Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico.

No primeiro trimestre o RN exportou US$ 26,2 milhões para os Estados Unidos e importou US$ 9,8 milhões, saldo positivo de US$ 16,4 milhões na balança comercial bilateral.

É um cenário de reversão do déficit de 2025 quando o RN importou US$ 76,2 milhões e exportou US$ 67,1 milhões, ficando cm saldo negativo de US$ 9,1 milhões.

Os principais produtos exportados do RN para os EUA são produtos de origem animal impróprios para alimentação humana, caramelos, confeitos, albacoras-bandolim frescos, outros açúcares de cana, sal marinho a granel, querosenes de aviação, granitos, albacoras/atuns frescos, mangas frescas e castanha de caju fresca ou seca.

Já as principais importações são óleo diesel, outras gasolinas, coque de petróleo, copolímeros de etileno e alfa-olefina, trigo e misturas de trigo com centeio, copolímeros de etileno e ácido acrílico, medicamentos com compostos heterocíclicos, caldeiras aquatubulares, poli(cloreto de vinila) não misturado com outras substâncias e medicamentos contendo produtos para fins terapêuticos.

A taxação de 50% aos produtos brasileiros anunciada pelo presidente estadunidense Donald Trump foi celebrada pelos políticos bolsonaristas do Rio Grande do Norte como os deputados federais General Girão (PL), Carla Dickson (UB), Sargento Gonçalves (PL) e o senador Rogério Marinho (PL).

Em nota, a Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico defende que caso as tarifas se mantenham, que o RN se reposicione no mercado internacional. “As ações recomendadas incluem: mapear com precisão as barreiras tarifárias e não tarifárias em vigor para cada produto nos EUA; investir na capacitação técnica de exportadores locais sobre exigências sanitárias e padrões internacionais; fomentar acordos comerciais e protocolos fitossanitários bilaterais, inclusive por meio de articulação federativa; incentivar o reposicionamento de produtos nas cadeias de valor globalizadas, com foco em diferenciação e sustentabilidade; e apoiar a busca por novos mercados-alvo, especialmente na Ásia e América Latina”, afirmou.

O presidente Lula da Silva (PT) já anunciou que vai buscar negociações e que só vai aplicar a Lei da Reciprocidade caso se esgotem todas as possibilidades.

Fonte: Blog Bruno Barreto

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