sexta-feira, junho 13

O LADO SOMBRIO DE CATHERINE DICKENS


Você conhece a obra de Charles Dickens. Já ouviu falar de Oliver Twist, David Copperfield e um conto de Natal. Mas quase ninguém conhece a mulher que viveu nas sombras desse gênio da literatura: Catherine Dickens, sua esposa por mais de 20 anos...e sua vítima silenciosa.

O casamento que prometia Amor Eterno em 1856, Catherine Hogarth era uma jovem culta e sensível, filha de um crítico literário. Conheceu Charles quando ele ainda era um promissor jornalista e logo se apaixonaram. Casaram-se naquele mesmo ano. Tudo parecia um conto de fadas vitoriano.

Ela deu a luz dez filhos. Sim DEZ. E cuidava deles praticamente sozinha, enquanto Dickens ganhava fama internacional.

Mas fama demais pode corromper até os mais brilhantes.

Do amor a Rejeição: O lado sombrio de Charles Dickens

A medida que Charles se tornava uma lenda literária, Catherine se tornava invisível. Ele passou a despreza-la publicamente, alegando que ela era "fria" "inepta" "mentalmente instável". Chegou a tirar os filhos dela. Contratou médicos para desacredita-la. E o mais cruel? Tudo isso foi uma cortina de fumaça para esconder seu relacionamento extraconjugal com uma atriz de 18 anos, Ellen Ternan.

Em 1858, Charles expulsou Catherine de casa. Separou-se dela e nunca mais permitiu que ela tivesse contato próximo com os filhos. O escritor que comovia o mundo com histórias de compaixão e justiça...não demonstrou nenhuma por sua própria esposa.

A verdade que ele tentou apagar

Catherine nunca teve voz. Nunca pode contar sua versão. Mas anos depois, uma de suas filhas e um dos filhos do casal resolveram cartas e documentos que desmentiam as acusações de Dickens.

Ela não era louca. Não era fria. Era uma mulher exausta, traída, silenciada - e incrivelmente forte. Antes de morrer, ela deixou uma carta com um pedido comovente:

" Peço apenas que, após minha morte, a verdade venha a tona. Fui uma esposa fiel e Charles me tratou com crueldade injusta".

Um último gesto de dignidade

Mesmo diante de tanta dor, Catherine manteve a cabeça erguida. Publicou um pequeno livro de receitas com toques de humor, sob o pseudônimo LADY MARIA CLUTTERBUCK". Era sua forma silenciosa de manter a identidade, a dignidade...e alguma alegria.

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