quarta-feira, junho 25

MÁXIMO GORKI: DA MISÉRIA AO MARTELO E FOICE LITERÁRIA

E hoje o protagonista é um sujeito que viveu na carne a dureza da Rússia Czarista, depois beijou a mão do poder soviético e ainda teve tempo de revolucionar a literatura. Máximo Gorki o homem que fez da pena uma arma de classe!

Nascido em 1868, com o nome de Maxei Peshkov, ele escolheu o pseudônimo "Gorki", que em russo significa "amargo", E olha...o cara sabia do que tava falando. Perdeu os pais ainda jovem, viveu como vagabundo pelas as entradas russas, lavou pratos, vendeu pão e levou calote da vida umas cem vezes.

Mas foi dessa amargura que nasceu sua literatura realista, social até a medula. Seus romances, contos e peças retratavam os esquecidos, os oprimidos, os esfarrapados. Enquanto alguns escritores russos escreviam sobre salões aristocráticos, Gorki escrevia o submundo - com verdade e sem maquiagem.

Sua obra fez tanto barulho que ele virou símbolo da literatura engajada. Foi amigo de Tchekhov, respeitado por Tolstoi...defensor fervoroso do nascente regime soviético. Em 1934, no texto humanismo proletário, ele trocou Deus pelos heróis do povo e exaltou o poder da razão sobre a fé. Virou garoto propaganda intelectual de Stalin.

Gorki morreu em 1936, deixando um legado literário gigantesco ... e uma biografia marcada por contradições. Um homem entre o céu e o subsolo, entre as críticas sociais e o apoio a um regime que, ironicamente silenciava vozes.

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CHICO TORQUATO

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