Foto: Davi Pinheiro/Governo do Ceará
O Ministério do Trabalho e Emprego anunciou nesta quarta-feira que 106.625 vagas de emprego com carteira assinada foram criadas em novembro, com base em dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).
O resultado é a diferença entre o número de contratações e o de demissões. Foram 1.978.371 admissões e 1.871.746 desligamentos no mês. Houve saldo positivo nos setores de comércio (+ 94.572 postos de trabalho) e serviços (+ 67.717). Agropecuária (-18.887), indústria (-6.678) e construção (-30.091) apresentaram resultados negativos.
O resultado veio abaixo das expectativas. Economistas consultados pelo Valor Pro esperavam abertura de 125 mil vagas em novembro.
O número de criação de postos de trabalho também foi 12% inferior ao registrado no mesmo período do ano passado, quando houve a criação de 121.366 vagas.
Na comparação com outubro, o dado de novembro representa uma diminuição de 19,3%. No mês anterior, haviam sido geradas 187.070 vagas formais de trabalho.
No acumulado deste ano, entre janeiro e novembro, o saldo foi de 2.224.102 postos de trabalho.
Já nos últimos 12 meses, entre dezembro de 2023 e novembro deste ano, foram abertas 1.772.862 vagas, número 22,2% maior que o observado no período de dezembro de 2022 a novembro de 2023.
Desaceleração no último trimestre
Desde setembro, que teve um saldo positivo de 252 mil vagas, o Caged registrou uma desaceleração no ritmo de criação de empregos. Em outubro houve uma queda de 47,2% em relação a setembro, enquanto novembro registrou um saldo 19% menor que o mês anterior.
Segundo o secretário-executivo do Ministério do Trabalho, Francisco Macena, este é um comportamento natural do mercado de trabalho, que costuma registrar mais demissões ao final do ano com o encerramento de contratos temporários. Ele também atribuiu a desaceleração à subida da taxa básica de juros, a Selic.
O Globo
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