OPINIÃO:
Comparo a atividade politica como um balaio de gatos, onde quem dela participa dificilmente sai sem se arranhar.
Desapareceu o tempo em que se exigia do candidato autenticidade e princípios morais e éticos que dignificasse o cargo pretendido.
Atualmente convivem no mesmo espaço honestos e desonestos, homens probos, mulheres decentes com calhordas e corruptos, tendo o mesmo direito de igualdade na participação das benesses partidárias, principalmente nas cotas do fundo partidário.
Nesta indigesta fauna de interesses políticos selvagens a tropa de elite formada pelos abocanhadores do dinheiro público, leva imensa vantagem aos ocupantes de posições mais humildes e modesta da cena eleitoral.
Este contraponto é hipotético, sem citação de nomes, mas, com fácil assimilação: "Quem tá dentro não quer sair e quem tá fora não encontra facilidade pra entrar"!
Quanto mais se rouba, mais condições de investir na compra do voto.
Liso não tem vez!
Havia um tempo que não existe mais em que o candidato tinha através do seu trabalho prestado a população o seu cartão de apresentação ao eleitor.
Hoje em dia capacidade, preparação para o exercício do cargo é projeto subjetivo, programa ultrapassado e de poucos seguidores.
Para a maioria que há anos vive no engodo do toma lá da cá, o que vale é o que chega em suas mãos: dinheiro vivo ou a nomeação antecipada para exercer esta ou aquela função. Tudo tem uma moeda de troca, a promessa de um emprego, o oferecimento de uma casa, o pagamento de uma dívida, seja lá o que for, se nada tiver pra oferecer, nada tem pra arranjar.
O pior exemplo deste mercado negro - vem depois da conquista do mandato de quem comprou o voto.
Sabendo que teve que pagar antecipado, tendo que se arriscar aos trâmites disciplinados da justiça, sujeito a perda de mandato, e ficar ouvindo queixume de quem se vendeu, querendo cobrar uma fatura que há tempo foi liquidada.
A mudança se dá no campo pessoal, se tira um pra colocar outro, a metodologia por mais transparente que deseje ser, tem sempre uma válvula de escape, para adicionar aos interesse dos maiores em detrimento do menores.
Os exemplos vem de cima e se escorrega de ladeira abaixo do planalto até a planície!
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