segunda-feira, outubro 20

JÁ VIROU ROTINA: AÉCIO NEVES VENCE MAIS UM DEBATE


Carlos Newton
O debate na Record foi maçante, sem maiores novidades, como se fosse reprise. A presidente Dilma Rousseff surpreendeu, porque desta vez não passou mal, não falou do bafômetro, nao tocou no assunto do aeroporto de Cláudio nem insinuou que Aécio Neves tem costume de bater em mulher. Quer dizer, o clima esteve mais elevado, sé é que podemos considerar assim.
Uma das características desses confrontos Dilma/Aécio é uma questão de DNA, com os dois candidatos buscando a paternidade das iniciativas que dão certo, como o Programa Simples, que Dilma usou para se autoelogiar no início do debate, até Aécio lembrar que se trata de um projeto antigo, pois a política é igual à televisão, como ensinava Abelardo Chacrinha Barbosa: “Nada se cria, tudo se copia”.
NÚMEROS PARA VALER…
Uma das táticas de Dilma é inundar a platéia de números. São bilhões e bilhões para lá e para cá, uma chatice monumental. No meio dessa xaropada deu para sacar o exagero presidencial ao falar sobre o Mais Médicos, dizendo que o programa está atendendo a 50 milhões de brasileiros. Mas é uma bobagem monumental proclamar que ¼ da população brasileira estaria sendo atendido pelos 14 mil médicos contratados. Um recorde mundial que jamais seria batido…
As diferenças entre a presidente Dilma e o candidato Aécio são gritantes, porque ele é bem articulado e transmite a sensação de que conhece os assuntos, enquanto a candidata do PT é hesitante, confusa, tem dificuldades até para fazer as perguntas previamente redigidas.
Outra característica que distingue os dois é o senso de humor. Dilma está sempre irritada e até quando tenta fazer uma piada não transmite alegria, perde a graça. E demonstra uma falta de preparo intelectual que chega a ser surpreendente.
PROIBIÇÃO???
Dima foi capaz de dizer a Aécio que “seu governo aprovou um projeto no Congresso proibindo a União de construir escolas técnicas”. O candidato do PSDB a corrigiu, dizendo que nenhum governo aprovaria uma proposta desse teor e explicou que o tal projeto, aprovado pelo Congresso na gestão de FHC, apenas previa que a União construísse escolas em parceria com estados e municípios. Mas Dilma insistiu no assunto, com se existisse mesmo essa proibição, foi uma cena patética.
Sempre enrolada e confusa, a certa altura Dilma se gabou de ter construído uma linha de transmissão de energia elétrica “ligando o Brasil à Amazônia”, vejam a que ponto chega a dislexia fonética dessa candidata.
Por várias vezes, Aécio tentou trazer o debate para o terreno das idéias, mas não conseguiu. Dilma sempre insistia nos ataques e a discussão se perdia novamente.
Para variar, Aécio ganhou mais uma vez. Dilma saiu rapidamente do estúdio e foi embora, enquanto o candidato do PSDB lá permanecia cercado de repórteres e dando sucessivas entrevistas.

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