Pleito de Mossoró constrange PMDB/RN
Desde que o resultado do pleito de domingo foi anunciado que, tanto os peemedebistas quanto os socialistas também se empenharam no sentido de preservar a coalizão estadual articulada pelo presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves.
Lideranças do Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB) tentaram minimizar o impacto da derrota sofrida no embate eleitoral suplementar ocorrido no domingo passado em Mossoró, sobretudo como uma prévia do que ocorrerá no cenário estadual, o PMDB está aliado com o Partido Socialista Brasileiro (PSB) para as eleições gerais de outubro.
A primeira liderança peemedebista a desqualificar a eleição de Francisco José Júnior (PSD) à Prefeitura de Mossoró foi o deputado estadual Gustavo Fernandes. Entrevistado logo após a sacramentação do resultado eleitoral na cidade, o parlamentar condicionou a quarta derrota consecutiva da deputada estadual Larissa Rosado à insegurança jurídica, no entanto, Gustavo Fernandes omitiu o fato de que as ações judiciais que culminaram com a realização do pleito suplementar partiram da própria Larissa Rosado em 2012, quando foi derrotada pela terceira vez na disputa pela Prefeitura.
“A eleição suplementar de Mossoró foi atípica. A insegurança jurídica atrapalhou a candidatura de Larissa. Ela teve a votação da eleição de 2012 reduzida quase pela metade devido a isso. Foi um pleito que teve mais de 30 mil abstenções, 15 mil votos nulos. Muitos fatores fora do comum. A indefinição jurídica foi um fator decisivo. O povo tinha medo de Larissa ganhar e não poder assumir”, desconversou o deputado peemedebista.
Desde que o resultado do pleito de domingo foi anunciado que, tanto os peemedebistas quanto os socialistas também se empenharam no sentido de preservar a coalizão estadual articulada pelo presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves. O argumento utilizado por lideranças do PMDB e do PSB era de que, a eleição suplementar em Mossoró representa um caso isolado no contexto político estadual. “A eleição estadual tem outra conotação. A própria ex-prefeita Fafá Rosado, que apoiou Francisco José Júnior (PSD), é do PMDB, e vai apoiar Henrique para governador”, disse Gustavo Fernandes demonstrando claramente a intenção de fazer com que o resultado desastroso da aliança PSB-PMDB em Mossoró e, sobretudo, o seu impacto nas próximas eleições.
A intenção dos peemedebistas é legítima, ao preservar o trabalho de articulação feita pelo deputado federal Henrique Eduardo Alves no sentido de disputar o Governo do Estado, sem adversários, o chamado W.O. (Without Oponent/Sem oponente), no entanto, o impacto da vitória da aliança PSD-PT em Mossoró é vista como uma resposta incisiva ao que vem sendo classificado como “acordão de Henrique”.
“Houve uma reação vigorosa, que eu acho que é definitiva, contra aqueles que acham que são donos do povo, do Estado. Contra os acordões”, afirmou o líder do Partido Social Democrático na Assembleia Legislativa, deputado estadual José Dias, referindo-se ao presidente do PMDB no Rio Grande do Norte, deputado federal Henrique Eduardo Alves.
Para José Dias, os peemedebistas pregam o desejo de contribuir com o Rio Grande do Norte, no entanto, a grande preocupação das lideranças é com a eleição de deputados estaduais ou federais. “Nós temos que fazer a nossa parte para salvar o Rio Grande do Norte. E não salvaremos o Rio Grande do Norte com a preocupação de eleger fulano ou sicrano deputado federal e muito menos estadual. A nossa preocupação fundamental deve ser a chapa majoritária”, respondeu o parlamentar do PSD.
O próprio Henrique Eduardo Alves se esforçou para evitar o impacto da aliança do PMDB com o PSB na segunda maior cidade do Rio Grande do Norte. O presidente da Câmara dos Deputados utilizou redes sociais para justificar o insucesso eleitoral de seu grupo político. Segundo ele, o fato de algumas agremiações partidárias que estiveram ao lado do prefeito Francisco José Júnior em Mossoró, no Estado, estarão com o PMDB.
Fonte: Gazeta do Oeste

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