sexta-feira, junho 1

Ex-secretário se diz perseguido por Carlos Augusto e Rosalba

Divulgação
 

O advogado especialista em direito eleitoral, ex-juiz do Tribunal Regional Eleitoral e ex-presidente do Partido da República em Natal, Fábio Hollanda, afirmou esta manhã que sofre perseguição do governo Rosalba Ciarlini (DEM) após sua saída do partido e do governo, inclusive com uma determinação de não pagamento de seu salário durante os dois meses em que fez parte da gestão. 
 
Em entrevista ao Jornal da Cidade, da FM 94, Holanda afirmou que se sentiu abandonado pelo partido ao qual pertencia e que o indicou para o cargo de secretário de Justiça e Cidadania, o PR, e que sua saída se tornou uma questão pessoal para a governadora Rosalba Ciarlini e seu marido Carlos Augusto Rosado. 
 
"A governadora tem tido atitudes pessoais contra mim. Existe uma determinação na Secretaria de Justiça de não pagar o salário dos 60 dias que passei lá. Eu sou o único secretário da história do Rio Grande do Norte que trabalhou 60 dias sem receber salário, sem receber diária, pagando meu motorista, usando o meu carro e pagando a gasolina do meu bolso", afirmou. 
 
Fábio Hollanda disse que na semana passada um cliente dele o procurou para uma proposta na área eleitoral e fez uma confidência ao dizer depois que não podia contratá-lo. "Ele teve uma conversa com Carlos Augusto e ele disse ao meu cliente que se ele me contratasse não teria a simpatia dele. Foi para o lado pessoal. Agora de onde veio isso?", denuncia e questiona o advogado. 
 
Fábio Hollanda disse que durante os 60 dias que passou como secretário de Estado não teve qualquer contato com o ex-deputado estadual Carlos Augusto Rosado, restringindo-se seu relacionamento administrativo à governadora Rosalba Ciarlini.  "Não tive nenhum contato com Carlos Augusto Rosado, porque eu achava que não deveria ter. O meu contato foi com a governadora do Estado e ela me elogiava, dizia que eu era uma pessoa que estava fazendo bem ao governo dela", afirmou.
 
Hollanda também abordou sua saída do PR, partido que presidia em Natal. Segundo ele, após sua saída do governo, até a certeza da sua indicação foi colocada em dúvida. "Toda a sociedade do Rio Grande do Norte sabe que foi uma indicação do Partido da República. Mas eu não posso ter a indicação de um partido e esse partido não dar o respaldo político para que eu faça um bom trabalho. Eu jamais teria aceitado ser secretário de Estado de uma governadora que eu não tenho afinidades pessoais, se eu não tivesse o respaldo político partidário, se eu não tivesse a certeza de que na hora de pleitear o que era necessário para fazer um bom trabalho na secretaria, ou seja, que a gente tivesse o mínimo de estrutura, a liberdade de nomear as pessoas técnicas para os cargos técnicos, um orçamento a gerir, que nós tivéssemos condições de sanar uma das maiores chagas da humanidade e do Rio Grande do Norte que é o sistema penitenciário", desabafou.
 
OUTRO LADO
O secretário de Comunicação do governo do Estado, Alexandre Mulatinho, disse que o governo reconhece a dívida salarial que tem com o ex-secretário e que irá pagá-lo, mas que está aguardando questões burocráticas. Segundo o auxiliar governista, o governo ainda não pagou os vencimentos de Fábio Hollanda diante da constatação de acúmulo de cargos do ex-auxiliar, que precisa responder a um requerimento do Estado para que os valores sejam repassados. 
 
Em relação a Carlos Augusto Rosado, este se disse surpreso pelas declarações do ex-secretário, afirmando que nunca o perseguiu e que, pelo contrário, torce pelo seu futuro. "Estou surpreso, nunca fiz esse tipo de declaração e, pelo contrário, torço pela manutenção do sucesso dele enquanto brilhante advogado que é o Dr. Fábio Hollanda", disse Carlos Augusto.
 
Deu no Jornal de Hoje
Postado por Tulio Lemos

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