quarta-feira, junho 20

Central do Cidadão de Macau é despejada

Os cerca de quarenta servidores lotados na Central do Cidadão de Macau, a 180 quilômetros de Natal, foram surpreendidos, na manhã de ontem, com a visita de quatro Oficiais de Justiça. Eles levavam uma decisão judicial ordenando que o prédio fosse desocupado imediatamente. O Juizado da Fazendo Pública de Natal acatou o pedido feito pela proprietária do imóvel devido à uma dívida de R$ 18.480,00, correspondente a 12 meses de aluguel em atraso.
arafran peter Oficiais de Justiça lacraram o imóvel e retiraram equipamentos e móveis da Central do Cidadão
Oficiais de Justiça lacraram o imóvel e retiraram equipamentos e móveis da Central do Cidadão
Os oficiais lacraram o imóvel e retiraram equipamentos e móveis do local. Os objetos, segundo Nelson Mendonça, coordenador das Centrais do Cidadão do Estado, foram levados para um depósito e não há data para uma novo prédio ser alugado. "Estamos com uma proposta de um novo prédio, mas nada está certo ainda. Creio que até o fim dessa semana teremos alguma novidade", explicou.

Segundo a advogada Carmem Rita Siqueira, a proprietária do imóvel, Elcione Xavier Barbosa, tentou diversas vezes negociar com a Secretaria de Estado da Justiça e Cidadania (Sejuc) -  secretaria responsável pelas Centrais do Cidadão. "Nos últimos meses fomos desacreditados do pagamento. A secretaria informou que não há nem previsão. Um descaso", afirmou. O aluguel de R$ 1.540,00 não é pago há doze meses. "O prédio está alugado ao Governo do Estado desde julho de 2009. Sempre tivemos problemas com o pagamento do aluguel, mas nunca havia atrasado tanto sem que houvesse uma resposta por parte da Sejuc", completou.

Nelson Mendonça informou que, semana passada, conversou com a proprietária do imóvel e havia uma promessa para resolver o problema essa semana. "Ontem estava marcado uma reunião com a proprietária, mas ela não compareceu e nem atendeu o telefone. Acredito que essa ação foi movida por intenções políticas. Não precisava dessa ação de despejo", colocou. A advogada nega que haja qualquer motivação política na decisão de procurar a Justiça. "Tentamos negociar várias vezes. Procuramos a Sejuc e nunca tínhamos uma reposta positiva, nem mesmo promessas eram feitas. Procuramos então os meios legais", disse Carmem Rita.

O prédio térreo que abrigava a Central do Cidadão está localizado à Rua Martins Ferreira, s/n, no Centro de Macau, e ocupa um quarteirão inteiro. No local abrigava-se inúmeros serviços de atendimento ao público: agência bancárias, Tribunal Regional do Trabalho, Procon-RN, Detran entre tantos serviços que ficaram sem previsão de voltar a funcionar na cidade.
Fonte: Tribuna do Norte

 

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