A escritora e jornalista Miriam Leitão, de 72 anos, foi eleita para a cadeira 07 da Academia Brasileira de Letras (ABL) nesta quarta-feira, 30/04, ocupando a vaga deixada por Cacá Diegues - cineasta morto em fevereiro deste ano.
A mineira venceu a disputa ao receber 20 votos ,superando seu concorrente Cristovam Buarque, ex-senador e ex-ministro que recebeu 14. A eleição foi realizada com uso de urnas eletrônicas cedidas pelo TRE-RJ no Petit Trianon, sede da ABL no Rio de Janeiro. O ingresso de Miriam na ABL aumenta a representatividade feminina na instituição, que agora conta com cinco mulheres no quadro de acadêmicos.
Filha de Educadores, Miriam nasceu em Caratinga, Minas Gerais, e optou pela carreira jornalística antes da literária, tendo atuado em rádio, TV, jornal e mídia digital. Ao longo de mais de 50 anos de carreira, a jornalista recebeu vários prêmios, incluindo o Maria Moors Cabot, da Universidade Colúmbia de Nova York, que homenageia aqueles que fizeram contribuições significativas para defender a liberdade de imprensa nas Américas.
Como escritora, Miriam lançou seu primeiro livro em 2010, o Convém Sonhar, e já lançou outros quinze. Em 2012, foi agraciada com o Jabuti de livro do ano de não ficção por saga brasileira. Entre outras obras estão História do Futuro: o horizonte do Brasil no século XXI(2015), A Verdade é Teimosa(2017), a coletânea de crônicas refúgio no sábado (2018), A democracia na armadilha (2021) e Amazônia na encruzilhada (2023). Em 2024, Miriam também recebeu o troféu Juca Pato de intelectual do ano, após ser escolhida pela União Brasileira de Escritores.
Miriam Leitão já passou pelas redações de Gazeta Mercantil e Jornal do Brasil e trabalhou no grupo Globo desde 1991 como colonista do jornal o Globo e comentarista econômica da rádio CBN, da Globo na TV aberta e apresentadora de um programa de entrevistas da Globo News na TV Paga.
Fonte: VEJA
CHICO TORQUATO
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