O Sindicato dos Trabalhadores em Saúde do Rio Grande do Norte (Sindsaúde/RN) denunciou uma superlotação no Hospital Walfredo Gurgel, em Natal. De acordo com a denúncia, o pronto-socorro da maior unidade hospitalar do estado começou a semana, neste domingo (10), com 101 pacientes internados, sendo 60 no corredor. Ainda segundo o sindicato, um dos corredores chegou a formar uma fila dupla com macas, enquanto outros pacientes se amontoavam ao lado do elevador, em frente ao raio X e tomografia.
Já nesta segunda-feira (11), segundo as informações repassadas pelo Sindsaúde, o pronto-socorro amanheceu com 98 pacientes, com 48 destes no corredor. O sindicato informou ainda que 27 pacientes estão na sala de recuperação e que duas salas de cirurgia estão bloqueadas com pacientes pós-cirúrgicos.
Além disso, o Sindsaúde denunciou que o hospital também tem operado, há dois dias, sem itens básicos como álcool, algumas medicações e antibióticos. Segundo o sindicato, a lista de materiais em falta é extensa e inclui desde soluções essenciais para procedimentos, como água destilada e cloreto de potássio, até itens de proteção e cuidado direto ao paciente, como sondas uretrais, luvas cirúrgicas e cânulas para traqueostomia.
Nos últimos meses, o hospital tem passado por problemas. A quebra dos dois tomógrafos do hospital, no fim do mês, ganhou destaque, o que compromete o atendimento de pacientes em estado grave, como os que necessitam de exames urgentes e que ainda não foram consertados pelo Governo do Rio Grande do Norte.
Outro fator que reduz o quantitativo de leitos do Walfredo Gurgel é que o segundo andar está passando por reformas. O espaço abarca 52 leitos. De acordo com entrevista de Geraldo Neto, diretor da unidade, em 26 de agosto à TRIBUNA DO NORTE, a reforma deverá ser finalizada até o fim do mês de novembro. Para Rosália Fernandes, coordenadora do SindSaúde, essa situação vem agravando ainda mais a carência do espaço para internações.
Em setembro deste ano, foi firmado contrato no valor de R$ 184,57 milhões para construção do novo Hospital Metropolitano do Rio Grande do Norte, com 350 leitos, por representantes do Estado, do Ministério da Saúde e da Caixa Econômica Federal. Com a assinatura, o Governo recuou da ideia de retirar um andar da futura estrutura e reduzir 93 leitos, mantendo assim a proposta inicial.
TRIBUNA DO NORTE
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