O desaparecimento de um jato executivo, sumido há 12 dias no Caribe, está virando um mistério digno de produções cinematográficas. Um Gulfstream III saiu dos radares no dia 22 de dezembro, apenas sete minutos após decolar para um voo turístico do aeroporto de Canouan, em São Vicente e Granadinas, no Sul do Caribe.
Três pessoas estavam a bordo, mas os nomes e identidades dos indivíduos não foram divulgados. Segundo o jornal local St. Vincent Times, as autoridades estavam cientes da identidade da tripulação e do passageiro e confirmaram que pelo menos dois deles eram de nacionalidade mexicana.
Relatos dão conta de que o transponder teria sido desligado intencionalmente, e a Administração de Fiscalização de Drogas (DEA em inglês) estaria investigando o possível uso da aeronave para transporte de drogas. Segundo especialistas consultados pelo St. Vincent Times, ao plano de voo registrado apresentava inconsistência.
O voo planejado era uma viagem turística pela ilha e estava inicialmente previsto para pousar menos de duas horas depois da decolagem, mas o GIII tinha combustível para mais de quatro horas. Os relatórios iniciais indicam que um alerta foi emitido depois que o avião não conseguiu pousar no horário programado.
Segundo o St. Vincent Times informou que acredita-se que o avião pousou em uma pista de pouso particular na América do Sul, potencialmente na Venezuela, que fica a apenas uma hora de distância das Granadinas.
O registro da FAA, a Anac dos Estados Unidos, informa que o avião está registrado em Cheyenne, Wyoming, pela Jetsteam Aviation Inc. O site da empresa está fora do ar.
Semelhanças com o voo MH370
A ocorrência no Caribe levantou comparações com o voo MH370, da Malaysia Airlines, considerado um dos maiores mistérios da aviação global. A aeronave sumiu misteriosamente dos radares em 8 de março de 2014 com 227 passageiros a bordo e 12 tripulantes. 10 anos após o sumiço da aeronave, as teorias sobre o que pode ter acontecido com o voo MH370 da Malaysia Airlines continuam a tomar as redes sociais.
Um relatório oficial da empresa responsável pelo voo indica que a rota do avião foi alterada manualmente em direção ao Mar Andaman, no Sul da Birmânia. Dados de um radar militar analisados por especialistas indicam que o MH370 pode ter voado em direção ao Oceano Índico e à Antártida por seis horas até cair quando o combustível acabou.
Uma das teorias criadas aponta que o sumiço do MH370 aconteceu a partir de um plano do piloto Zaharie Ahmad Shah de cometer suicídio seguido de assassinato dos passageiros. A suposição foi reforçada após as investigações indicarem que as mudanças de rota e desativação dos meios de comunicação da aeronave foram feitas manualmente, entretanto, o governo da Malásia assegurou ter examinado piloto e copiloto e ambos não apresentaram comportamentos suspeitos antes da decolagem.
O Globo
Fonte: Robson Pires
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