Após mais de 1.600 dias de exercício do poder, Rodrigo Maia se despede aos prantos
Com olhos inchados, evidenciado que já havia chorado muito, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), caiu no pranto durante seu discurso, agora há pouco, momentos antes de iniciar o processo de votação para eleger o seu sucessor.
Menos agressivo que nos últimos dias, quando se comportou como se fosse chefe da oposição ao governo de Jair Bolsonaro, ele desejou boa sorte àquele que vencer a eleição, sendo Arthur Lira (PP-AL) ou Baleia Rossi (MDB-SP). Após o discurso, ele anunciou a decisão de deixar o DEM.
Ele havia ameaçado deixar o partido quando, descontrolado, acabara de ser comunicado da decisão dos deputados do DEM de apoiar o candidato Arthur Lira. A decisão foi modificada, a pedido do presidente da legenda, ACM Neto, para “neutralidade” em relação à disputa, só para não aumentar o desgaste de Maia.
Durante o breve discurso, mostrando que nem sequer preparou um pronunciamento de balanço de sua gestão de mais de 1.600 dias, Rodrigo Maia agradeceu aos deputados e, como é seu estilo, atribuiu ao período em que foi presidente “a liderança” das iniciativas de combate ao covid-19.
As lágrimas de Rodrigo Maia, que os adversários consideram “de crocodilo”, não são exatamente uma novidade. Quando foi reeleito em 2017, ele também chorou.
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