Objetivo é monitorar a atividade turística na Área de Proteção Ambiental dos Recifes de Corais
Órgão tem realizado plantões aos fins de semana
O Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (Idema) montou um cronograma de vistorias para acompanhar o número de embarcações aos Parrachos de Rio do Fogo e Perobas, localizados nos municípios de Rio do Fogo e Touros, respectivamente, ambos no litoral Norte potiguar.
O objetivo é monitorar a atividade turística na Área de Proteção Ambiental dos Recifes de Corais (APARC). O órgão tem realizado plantões aos fins de semana, em parceria com a Companhia Independente de Proteção Ambiental (Cipam) e com o Programa de Monitoramento EcoRecifes (Fundep).
O principal objetivo é verificar se os comunitários responsáveis pelas embarcações de Rio do Fogo e Perobas, que fazem os passeios aos Parrachos, estão cumprindo com o sistema de rodízio e as cotas diárias de turistas.
“A equipe do órgão ambiental já realiza fiscalização na área, mas em período de alta estação, quando se intensifica a atividade turística, precisamos fortalecer o acompanhamento da quantidade de embarcações que circulam nos Parrachos. Temos um sistema de rodízio e um número de cotas de visitação, por isso é fundamental a atenção de todos os responsáveis pelas embarcações. Constatamos que muitos comunitários descumprem as condicionantes da Autorização de Visitação, expedida pelo Instituto. Inicialmente, eles são notificados e, caso insistam, serão autuados por infração ambiental”, afirmou a coordenadora do setor de Fiscalização do Idema, Kelly Cristina.
De acordo com o coordenador do Núcleo de Gestão de Unidades de Conservação (NUC) do Idema, Rafael Laia, “a sustentabilidade da atividade turística existe para que não haja o comprometimento do meio ambiente. Infelizmente, isso não está claro para todos”.
O coordenador afirma ainda que, as atividades de gestão da Unidade de Conservação e as atividades de Fiscalização, precisam estar em sintonia para inibir quaisquer situações de descumprimento dos objetivos da UC, que são promover o desenvolvimento e preservar o ambiente de forma sustentável. “A determinação da quantidade de visitação diária não acontece sem motivo substancial, e sim, com a proposta de preservar o ambiente marinho da ação antrópica. Além da atuação do Idema, também é fundamental a discussão com outros órgãos que exercem fiscalização ambiental na área, para fortalecermos o trabalho na APARC. Se não for de maneira sustentável, o real desenvolvimento não existe”, finalizou Rafael.
Aparc
A Área de Proteção Ambiental dos Recifes de Corais (APARC) foi criada em 2001, por meio do Decreto N° 15.746, com o objetivo de proteger a região marinha que abrange a faixa costeira dos municípios de Maxaranguape, Rio do Fogo e Touros, no litoral norte do Estado. Com uma área de mais de 136 mil hectares, a APARC assegura a preservação da biodiversidade marinha presente na Unidade com a ocorrência de recifes de corais – considerado o mais diverso habitat marinho do mundo.
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