segunda-feira, junho 2

LUTO - Marinho planejava reativar escolinha de futebol após a Copa do Mundo

Jefté, filho mais velho de Marinho Chagas
Filho mais velho do ex-craque Marinho Chagas
O ex-lateral esquerdo da Seleção Brasileira tinha planos para o período da Copa do Mundo e após o evento mundial. Ele faria o pontapé inicial do primeiro jogo da Copa na Arena das Dunas. Além disso, aproveitaria a visualização proporcionada pelo período para mobilizar o retorno da Fundação Social Marinho Chagas Club.

Segundo o filho mais velho Jefte Silva, 40, que era responsável pela atualização da página na rede social Facebook de Marinho Chaga e agenciava o pai, estava na agenda diversas entrevistas sobre o assunto que mais gostava, futebol, a fim de motivar a seleção e fortalecer a sua imagem. “Com certeza ele ia ser o rei da Copa”, comenta Jefte.
Com o destaque, ele iria contactar empresários e possíveis patrocinadores para reativar a escolinha de futebol infanto-juvenil. A Fundação criada há cinco anos, há três teve as atividades paralisadas por questões judiciais com um dos sócios – que eram os três irmãos Marinho Chagas, Antônio Marinho e João Marinho. “O sonho não acabou. Queremos esclarecer estes equívocos que levaram a ação judicial para liberar a reativação da Escola”, afirmou Antônio Marinho.
“Os últimos três meses ele estava muito feliz. Íamos assistir o jogo da Itália e Uruguai na Copa. Mas, agora tudo mudou”. Eles moravam na Praia do Meio, próximo ao Hotel Reis Magos. “Eu só sei que ele foi o grande amor da minha vida”, declarou a viúva de Marinho, Patricia Ribeiro. Casada há 14 anos com o ex-jogador. Marinho deixa esposa e cinco filhos, de outros dois relacionamentos.
“A imagem que ele vai deixar é de humildade. Tanto fazia ele ter um real, quanto um milhão. Sempre era a mesma pessoa. Um garoto que jogava no barro e lama e chegou a seleção brasileira, com reconhecimento internacional. Ele viveu do jeito que queria viver, pelo futebol”, Jefte Silva, filho mais velho.
“Ele vinha bem, se restabelecendo na sua saúde. É lamentável ter partido nesse momento. Agradecemos por tudo que o Rio Grande do Norte fez por ele. É um irmão que vai fazer falta”, Antônio Marinho, irmão.
“Ele foi num momento feliz. Só não me deixou feliz. Ele era foi amor da minha vida”, disse Patricia Ribeiro.
Com camisa autografada e lágrimas nos olhos, Evamar Medeiros homenageou seu amigo de maneira especial. Ele, sua esposa e filhos, foram vestidos com a camisa da seleção brasileira, para firmar a relevância do ex-jogador. No ano passado, Evamar havia organizado um encontro de ex-jogadores do ABC, América e Alecrim, onde Marinho era um dos principais convidados. Para ele, o ex-lateral merecia mais reconhecimento. "Em Natal, ele nunca foi reconhecido como merecia. Era mais fora do Estado, no Brasil", disse.
Familiares e amigos se despendem de Marinho com orações, e hinos religiosos. As últimas homenagens são prestadas ao jogador no velório que ocorre no estádio Frasqueirão. Amanhã, o time profissional do ABC passará pelo velório por volta do meio dia e a missa de corpo presente está prevista para acontecer às 15h e sepultamento às 17h, no cemitério Morada da Paz, em Emaús.
 
Tribuna do Norte

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