Familiares a amigos se despedem de Marinho Chagas
Ex-lateral da Seleção Brasileira foi enterrado no final da tarde, no cemitério Morada da Paz, em Emaús.
O corpo de Marinho Chagas foi sepultado no final da tarde desta segunda-feira, no cemitério Morada da Paz, em Emaús.
No último sábado (31) a torcida potiguar foi pega de surpresa. Um de seus maiores ídolos sofreu uma derrota fora das quatro linhas. Marinho Chagas, considerado o melhor lateral-esquerdo da Copa de 1974, passou mal durante um evento em João Passoa (PB) para o lançamento da camisa retrô daquela seleção.
A “Bruxa”, como carinhosamente era conhecido, ficou internado no Hospital de Trauma Humberto Lucena com o diagnostico de hemorragia digestiva, quadro agravado durante a madrugada o que culminou no apito final de Marinho, por volta das 3h do domingo (1).
Segundo time defendido por Marinho, o ABC abriu as portas do seu estádio pela última vez para o ex-jogador que defendeu as cores alvinegras por duas temporadas (1969-1970). O corpo de Marinho foi recebido sob aplausos de familiares, autoridades e ex-companheiros de profissão às 16h10min.
Marinho foi velado até o início da tarde desta segunda-feira (2), onde ocorreu a missa de corpo presente ministrada por Padre Murilo e, em seguida, partiu para o cemitério Morada da Paz, em Emaús e lá irá permanecer.
Marinho agora joga no céu, e como bem lembrou o irmão, Luiz Gonzaga Marinho, conhecido com Bomba: “Agora ele vai levar lá para cima os gols dele e o Luciano do Valle ainda vai transmitir já que agora eles estão pertinho um do outro”. O locutor esportivo Luciano do Valle, de 66 anos, faleceu em abril deste ano.
Aqui, fica a saudade dos torcedores e a tristeza. “Perdemos um ídolo e um abcedista de coração e estamos todos de luto”, falou Delzinha, torcedora símbolo do Clube do Povo ao lembrar do craque.
Marinho também teve passagens por outros dois grandes do futebol norte-rio-grandense. O América e o Alecrim, sendo o último o único time a ser treinado por Marinho. Em respeito, o Mecão também deixou sua bandeira hasteada a meio-mastro, em forma de luto, a respeito do que fez o Mais Querido, que ainda decretou luto de sete dias. O Governo do Estado decretou luto de três dias.
“O ABC tem orgulho de ter participado da história de Marinho”, disse ex-presidente e atual assessor de futebol do ABC, Judas Tadeu. Alberi, outro ídolo do Clube do Povo se mostrou bastante triste com a partida do companheiro de concentração. “É difícil você falar de um amigo que vai embora. É muito difícil ver ele ir embora. Vai deixar muita saudade não só aos amigos, mas ao Rio Grande do Norte”
O desportista ainda teve passagens pelo Riachuelo [primeiros chutes], Náutico, Botafogo, São Paulo, Fluminense e Cosmos, dos Estados Unidos. Destes, os clubes de Pernambuco, Rio de Janeiro e São Paulo manifestaram notas de pesar pelo falecimento de Marinho, assim como a Confederação Brasileira de Futebol (CBF).
As homenagens não param. Quis o destino que ABC e Náutico tivessem um encontro marcado para está terça (3) no Iberezão, no jogo válido pela Série B da Segundona, às 21h50min. Para isso, os atletas do ABC entram em campo com tarjas pretas na camisa, uma frase também no uniforme com dizeres à Marinho e a numeração habitual ganham o acréscimo do “6”, número do craque. E juntas, as duas equipes, levaram uma faixa em homenagem ao ídolo.
Em vida, o ex-jogador foi homenageado pela Federação Norte-rio-grandense de Futebol na inauguração da Arena das Dunas, sede da Copa em Natal, em janeiro deste ano. Marinho era embaixador da Copa na cidade.
Na praça de Mirassol, a Prefeitura de Natal montou uma instalação para lembrar os bons tempos do único jogador potiguar a participar de uma Seleção Brasileira durante a Copa do Mundo.
Artur Melo/Nominuto.com
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